segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dica de leitura: “A Rosa da Meia-Noite”, Lucinda Riley

Vocês que acompanham o blog já sabem mas, essa autora, Lucinda Riley, eu leio sem nem olhar a sinopse! Simplesmente as obras dela arrasam... e saga familiar bem escrita e cheia de detalhes, como só ela faz, me conquista totalmente.

A história fascina desde a primeira página, relatando uma história que atravessa gerações, passando em palácios na Índia até mansões da Inglaterra. A obra relata de forma incrível e emocionante a história extraordinária de Anahita Chavan, que no apogeu do Império Britânico, tinha 11 anos de idade e estabeleceu uma linda amizade com a princesa Indira.

Os acontecimentos fictícios se misturam com a história mundial real, como a Primeira Guerra Mundial, o que só agrega ainda mais emoção à narrativa. Através dessa amizade, Anahita conhece seu grande amor e a história toda se desenvolve.

Passam-se oitenta anos e na mansão Astbury Hall - onde toda história de Anahita se passou, surgem as gravações de um filme com Rebecca Bradley. Então, com Rebecca e Ari (descendente de Anahita) a história e os mistérios que ficaram sem solução no passado começam a aflorar...

O livro é um mergulho na história do passado da família de Anahita, uma saga familiar envolvente, dinâmica e apaixonante.

O livro é simplesmente enlouquecedor! É daquelas obras que não se consegue largar!

Recomendo totalmente! Essa obra é daquelas que classifico como impossíveis de não ler! Certamente esse foi um dos livros que eu relaciono como um dos melhores que li.


Boa leitura!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Parceria Editora Sulina

Novidade boa no Blog Pimenta!! Mais uma parceria!!

A partir de hoje o Blog Pimenta é parceiro da Editora Sulina!

Em breve mais publicações deliciosas a respeito de leituras adoráveis... Aguardem!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

“O Cemitério de Praga”, de Umberto Eco.

Há alguns dias li o livro “O Cemitério de Praga”, de Umberto Eco. Confesso que comprei apenas pelo autor, visto que já tinha lido “O Nome da Rosa” e a obra foi fascinante. Porém, esse livro é bem diferente, ou seja, a leitura é bem diferente: é uma leitura difícil, cheia de nuances e ironias... Não é aquela leitura lúdica, simples e fácil... É necessário concentrar-se para entender completamente o enredo e não perder o foco da história.

 
A história se passa no século XIX, em Turim, Palermo e Paris, cheia de tramas conspiratórias contra jesuítas, maçons, judeus e qualquer grupo considerado uma ameaça. A história alterna os diários de um capitão e um abade.

O personagem principal é o exímio falsário Simonini, um tabelião que falsificava fatos e documentos, os chamados ‘Protocolos dos Sábios Anciãos de Sião’, que supostamente teriam inspirado Hitler com os campos de extermínio, jesuítas que tramam contra os maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam os padres com as suas próprias tripas. A história conta ainda com um Garibaldi com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres em Paris (onde se comem os ratos), horrendas reuniões por parte de criminosos que planejam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras.

Já no início do livro eu fiquei bastante impressionada com tanto ódio descrito contra os judeus, padres, alemães, austríacos, maçons, mulheres, italianos, franceses, armênios, turcos... Praticamente contra todo o mundo! E com ricas descrições!

Além disso, na obra há vários relatos dos alimentos, inclusive tem até explicação de como determinados pratos são preparados – o que é um pouco chato. O protagonista trata fatos históricos e ‘heróis’ com desdém e tem horror ao sexo.

Achou complicado? Que nada! Você nem imagina o quanto! Prepare-se: o autor insere até Sigmund Freud!

O autor mescla os ingredientes improváveis num cenário parisiense. A narrativa é inteligente, mas muitas vezes faz o leitor se perder, tanto que o personagem principal pratica atos reais, mas que foram, de fato, exercidos por outras pessoas, deixando o leitor um tanto perdido.

No final do livro, inclusive, tem uma tabela da cronologia da história para ajudar a localização dos fatos no tempo. Segundo o próprio autor, somente o protagonista é fictício, o restante dos personagens da obra existiu realmente.

Para ler esse livro e entendê-lo é preciso prestar atenção e ter senso de humor para perceber a ironia de Umberto Eco. Confesso que eu esperava uma leitura que me prendesse, assim como foi com “O Nome da Rosa”. Em “O Cemitério de Praga” achei o enredo confuso e sem uma história fascinante, clara e precisa como pano de fundo. Na verdade achei uma miscelânea de fatos que confundiram a minha leitura e me faziam perder o foco na história.

Espero que gostem dessa obra. Me perdoem aqueles que adoraram esse livro, mas tenho o compromisso de relatar exatamente o que eu achei de cada obra que li. Não vou simplesmente dizer falsamente que "amei" uma obra somente porque o escritor é famoso, porque todo mundo gostou, ou simplesmente porque o autor representa "cultura". 


A leitura dessa obra é válida, mas ficou aquém das minhas expectativas. Boa leitura!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Homenagem ao grande poeta Mário Quintana

Há 20 anos, em Porto Alegre - RS, com 87 anos, faleceu o poeta e escritor gaúcho Mário Quintana.


 Eu, como boa gaúcha e (muito) bairrista, ouso dizer que foi o maior poeta de todos os tempos! Respeito todos os demais poetas – todos têm seu valor e sou apaixonada por muitos outros, mas peço licença para essa ‘paixão’, pois Quintana... é Quintana!

Escreveu Quintana: 

"Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira"
.

Mario Quintana gostava de brincar com a morte:

"A morte é a libertação total:
a morte é quando a gente pode,
afinal, estar deitado de sapatos".
  
Outros poemas do inesquecível Quintana:

Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!

Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

A Rua dos Cataventos
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…


...Quintana deixou saudades... Porém, poetas dessa grandeza nunca nos deixam: vivem em nossos corações.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Convite! Juremir Machado da Silva em Passo Fundo!

Dia 08 de maio de 2014 - quinta-feira próxima, às 19h, no auditório da Faculdade de Medicina de Passo Fundo - RS, na Rua Teixeira Soares, o escritor Juremir Machado da Silva estará lançando o seu novo livro, autografá-lo e proferir uma palestra sobre o tema, numa promoção do Pré-Vestibular MediSchool, da Livraria Nobel da Gal. Osório e da Secretaria de Desporto e Cultura do Município. 





Confira um pouco sobre essa obra:

1964 Golpe Midiático-Civil-Militar

O golpe de 1964 chega aos seus 50 anos em 2014. O inventário dessa tragédia que abalou o Brasil continua a ser feito. Não foi apenas um golpe militar. Nem somente um golpe civil-militar. É verdade que empresários, governadores e militares atuaram em sintonia. Tem faltado, porém, um elemento no banco dos réus: a mídia. O golpe de 1964 foi midiático-civil-militar. O banco dos réus jamais foi formado. Militares, torturadores, golpistas de todos os naipes e mídia se autoanistiaram. É hora de exumar esses cadáveres guardados em nossos armários. Alguns ainda se exibem em vitrines na condição de paladinos da democracia. Os militares jamais mudaram de versão: teriam agido para salvar o país do comunismo e garantir a “verdadeira” democracia. Os civis golpistas recorrem, quando saem de um mutismo estratégico, a argumentos semelhantes. A mídia tem sido mais ardilosa: reescreveu a história e a própria história dando-se, aos poucos, um papel heroico de resistência. Houve jornalistas que apoiaram o golpe e resistiram à ditadura. Os grandes jornais, de maneira geral, apoiaram o golpe e a ditadura. Este livro examina o melancólico e lamentável papel da imprensa no parto do regime autoritário implantado no Brasil em 1964.

Grandes nomes do jornalismo e da literatura brasileiros cederam ao golpismo. Viram a chegada do caos nas reformas que tentavam arrancar o Brasil do atraso. A imprensa de 1964 atolou-se no mais rasteiro conservadorismo. Cumpriu a triste função de “cão de guarda” dos interesses das camadas mais reacionárias. Alguns jornalistas fizeram questão de passar recibo reunindo em livro, ainda em 1964, suas impressões. Esta obra completa um ciclo de “descobrimento”. A pesquisa, sustenta o autor, deve destapar, trazer à tona, revelar.
Confira a fanpage da Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina



Participe! Esse evento é imperdível! 

Olhem eu aí pegando autógrafos nos meus livros durante o último evento quando o escritor Juremir esteve aqui em Passo Fundo - RS lançando o livro "Jango: a vida e morte no exílio".

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Lanchinho gostoso e fácil de fazer: quiche!

Hoje vou passar uma receita gostosa e que você pode adaptar aos ingredientes de sua preferência. 

O quiche é um lanche leve e gostoso, sendo uma ótima opção para o feriadão que vem chegando!


Quiche de ricota, tomate seco, azeitona e presunto
Quiche

200 gr de farinha de trigo
100 gr de margarina
2 gemas
1 pitada de sal

Junte todos ingredientes, amasse bem, forre as forminhas e reserve.

Recheio:
Bata no liquidificador: 2 ovos inteiros e crus; 1 xíc. de leite; 1 colher de sopa de queijo ralado; 1 colher de chá de margarina; 1 pitada de sal; 100 gr. de ricota.

Misture, sem bater, os ingredientes de sua preferência: tomate seco, presunto, azeitonas, frango desfiado.

Recheie as forminhas já forradas com a massa e leve ao forno médio.

Bom apetite e ótimo feriado! Feliz Páscoa! 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Dica de leitura! "A Estrada da Cura”, Neil Peart. Editora Belas Letras.

Envolvente, cativante e diferente do que costumamos ter em biografias, esse livro é uma viagem pelo Canadá, Alasca, Estados Unidos, México, pela vida e alma de Neil – o baterista da famosa banda Rush.

Depois que Neil perdeu sua filha e sua esposa, viu-se sozinho com apenas 45 anos e sem vontade para nada. Como ele mesmo se intitula: virou um fantasma. Para fugir das lembranças que ardiam, tentar esquecer-se do sofrimento, ou ainda, para tentar transmutar tanta dor em algo proveitoso, ele usou de algo que até então era apenas um hobby e o transformou em sua ‘cura’: pegou sua moto e saiu em uma viagem sem destino fixo. Fez 90 mil quilômetros numa viagem que não era uma jornada, mas um exílio desesperado e inquieto (como ele mesmo descreve), juntando os cacos de sua vida dilacerada.

O livro descreve todas as paisagens e sentimentos de Neil. Nós leitores nos sentimos na ‘carona’ de sua moto e dá pra ter o gostinho da aventura que foi essa viagem. A descrição de detalhes é bem rica e conseguimos sentir até o frio dos lugares por onde ele passou! Apesar da riqueza dos detalhes da viagem e dos desabafos sentimentais e psicológicos de Neil, a leitura não é nada maçante, inclusive ele faz comentários que eu sequer pensaria, tais como a respeito de troca de óleo, das pastilhas de freios, da mecânica da moto, etc. Certamente essas partes os homens vão se deliciar! Enfim, é um livro escrito por um homem, e, portanto, tem a visão masculina ali impressa.

Além do relato da viagem de motocicleta, o livro conta com muitas cartas enviadas a amigos que o ajudaram nessa luta diária para minimizar as cicatrizes, descrições de passeios por reservas naturais, caminhadas por trilhas, descrições dos hotéis, restaurantes e com trechos de seu diário pessoal. Outra coisa interessante é que Neil sempre tinha livros junto de si, sempre os lia, os indicava e enviava a amigos.



As partes em que Neil coloca suas emoções, ou seja, nos momentos que faz o desabafo emocional, ele não é pedante, nem cansativo. Na verdade essa parte emocional é bem leve e eram as que eu mais me interessava, pois era possível colocar-se no lugar dele, sentir a profundidade dos sentimentos, as suas angústias e vibrar ao perceber os primeiros sinais de sua “cura”. 

Foi gratificante saber que ele conseguiu superar a total ausência de entusiasmo e motivação depois de perder tudo que era realmente importante e conseguiu dar um novo rumo a sua vida.

O final o livro é encantador! Na verdade, o rumo que Neil conseguiu dar a sua vida foi encantador: transformou toda a dor em renascimento. O livro é um relato de como Neil fez para continuar vivendo depois de tanta tragédia, é a biografia de um homem que deixou de ser um fantasma e reencontrou a vida.

Recomendo essa obra, sobretudo para que percebamos que a vida continua, que temos nossa missão aqui e que não podemos deixar que os percalços da vida nos tirem a fé e o foco dos nossos ideais.

Boa leitura!


quinta-feira, 13 de março de 2014

“Depois de Auschwitz”, Eva Schloss.

“Naquele momento, decidi que eu não seria uma vítima, apesar de tudo o que havia acontecido comigo. Nunca permitiria a mim mesma ter uma mentalidade dessas – era quase aceitar o papel de total desamparo que os nazistas queriam que sentíssemos. Eu não era impotente. Eu era uma sobrevivente.” (trecho do livro)


Estarrecimento.
Esse foi meu sentimento ao ler essa obra magnífica. Nunca li nada igual. Me emocionei da primeira folha à última. Fiquei pasma com as atrocidades. Os fatos me chocaram e muitas vezes senti até uma certa revolta.

Já li outros livros que tratam dos acontecimentos terríveis durante a Segunda Guerra Mundial – todos foram muito bons, se é que se pode dizer ‘bom’ para histórias com um pano de fundo terrível como esse, mas o que quero dizer, é que todos foram ótimos livros, mas jamais pensei em ler um relato real de uma sobrevivente ao holocausto, com os detalhes mais incríveis e assustadores.

Quanto leio algo sobre a Segunda Grande Guerra me questiono o motivo de tanta loucura – sim, só pode ser loucura, pois não tem explicação. Nada do que me disserem vou aceitar como “possível”. É muita atrocidade. A reflexão a partir desse livro é no sentido de que o preconceito, o ódio, a intolerância foram capazes de coisas horríveis no passado, mas e hoje? Será que estamos livres de coisas desse tipo? Temo em dizer que não. Infelizmente. Ainda hoje as pessoas se matam por 'uma galinha'. Famílias são dizimadas e separadas por ódios e ciúmes descontrolados. A ganância, o poder e o dinheiro comandam todos os setores da sociedade.

 “Anne Frank escreveu no final de seu diário, pouco antes de ser capturada, que ainda acreditava que as pessoas tinham bons corações, mas eu me pergunto o que ela pensaria se tivesse sobrevivido aos campos de concentração de Auschwitz e Bergen-Belsen. Minhas experiências revelaram que as pessoas têm uma capacidade única para a crueldade, brutalidade e completa indiferença aos sentimentos humanos. É fácil afirmar que o bem e o mal existem dentro de cada um de nós, mas eu vi a realidade de perto, e isso me levou a uma vida de questionamentos sobre a alma humana.” (trecho do livro)

Sempre começo os livros fazendo uma “inspeção” na obra... Leio as orelhas, contracapa... Nesse livro, ao ler esses fragmentos já me arrepiei. Ao ler o prólogo percebi que eu já estava completamente envolvida pela obra e a leitura avançou pela noite, pois foi impossível largar, mesmo com os insistentes chamados de meu marido para que eu fosse dormir.

Emocionei-me em várias passagens da história – e agora escrevendo isso, me emociono novamente. É impossível não pensar em tudo que li sem sentir um aperto no peito. Do início ao fim da obra me senti fazendo parte daquele horror. Quando Eva se referia ao cheiro que sentia, eu inspirava, pois tinha a nítida impressão de que também o sentiria. O vazio que ela relata, a angústia, a ansiedade... tudo é possível sentir. Durante todo o livro eu me perguntei se eu teria sobrevivido naquela situação. Quanta dor.

Não me admira que depois dela ter vivido tudo aquilo – que não há adjetivo capaz de descrever fielmente, ela não se importe na existência ou não de Deus. Depois daquilo tudo, não sei se é possível acreditar em alguma coisa - não me levem a mal, eu creio, tenho fé e acho indispensável essa minha religiosidade, mas consigo compreender perfeitamente a perda da fé de Eva.

Em resumo, o livro é a biografia de uma menina que desde seus 09 anos fugiu das perseguições antissemitas e no dia de seu aniversário de 15 anos foi capturada (junto com sua mãe, pai e irmão) e levada para Auschwitz – o maior campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

O relato é emocionante e as mensagens edificantes são ensinamentos pra toda vida. Não pense que o livro é só desespero, afinal, ele conta a história real de uma sobrevivente, a sua coragem, a sua vontade de viver, o seu entusiasmo. É gratificante saber como Eva seguiu sua vida após viver tudo aquilo e como deu a volta por cima, superando traumas que penso que seriam praticamente impossíveis de se apagar.

O livro é incrível e impressionante. Quem me conhece sabe que sou muito intensa... Mas reafirmo: esse livro é muito mais que se pode imaginar. Na verdade não é um livro. É um documento histórico.

Recomendo essa leitura. Depois dessa leitura certamente você nunca mais pensará da mesma forma.


segunda-feira, 10 de março de 2014

“Sobre homens e lagostas”, Elizabeth Gilbert.


Ao me deparar com esse livro, a princípio o título não me fascinou, mas o li pela autora que é aquela que escreveu o brilhante “Comer, rezar e amar” – que eu li até em italiano! Então, ao ler a sinopse, pensei que seria uma leitura fascinante e envolvente...

O livro trata da história de Ruth, uma mulher que abre mão da fortuna da mãe para se tornar uma caçadora de lagostas em um pequeno arquipélago com seu pai - na verdade esse 'abrir mão' seria na verdade uma libertação, ao meu ver. Ela pretende seguir o pai na profissão de pescador e termina por se apaixonar por um aspirante a "lagosteiro" residente no território adversário.

O livro narra a vontade de Ruth em mudar a mentalidade dos habitantes das ilhas e fazer com que seu amor e seu trabalho com a pescaria de lagostas sejam aceitos pelos moradores, mas essa narrativa não é nada empolgante... Na verdade achei chata e sem entusiasmo. Não é aquele livro que se pode sentir o envolvimento e o comprometimento da personagem com seus ideais.

Sinceramente, achei o livro "enrolado", com diálogos longos e sem propósito. Não há momentos eletrizantes, nem aqueles que nos fazem sentir que fazemos parte da história... O livro tem 340 páginas, mas a história não tem aquele brilho que eu esperava ao ler essa autora... Na verdade a parte interessante da obra, o desenrolar da história (finalmente), acontece depois da metade do livro. Fiquei um tanto frustrada com o livro e entendi o motivo desse livro, sendo o primeiro de Elizabeth Gilbert, não ter ‘decolado’: não tem aquele entusiasmo e eloquência que nos prende e nos fascina (como aconteceu com “Comer, rezar e amar” - pelo menos pra mim, não teve).

Enfim, vale pela leitura, mas a história e o enredo ficaram aquém das minhas expectativas, pois eu esperava entusiasmo e mais envolvimento de Ruth com seu propósito – o que na narrativa ficou bem ‘morno’ e sem emoção.

Espero que você tenha uma opinião diferente da minha, mas infelizmente o livro não me cativou. Boa leitura!

terça-feira, 4 de março de 2014

Dica de leitura: “A Garota do Penhasco”, Lucinda Riley.


Desde que li o primeiro livro que encontrei dessa autora eu fiquei à caça de mais títulos. Há alguns dias li “A luz através da janela” que me fascinou completamente. 

Vejam minhas observações a respeito dos outros livros dela aqui: http://pimentapimenta.blogspot.com.br/2014/02/dica-de-leitura-luz-atraves-da-janela.htmlhttp://pimentapimenta.blogspot.com.br/2012/05/dica-de-leitura.html

Agora terminei mais uma obra dela e garanto: “A Garota do Penhasco” é mais uma joia da literatura!

Envolvente, cativante, nos prende da primeira página até o fim. A cada capítulo uma mensagem edificante e motivadora. Como os demais livros dessa escritora, este é mais um daqueles imperdíveis!

Sou apaixonada por livros com sagas familiares, histórias que percorrem séculos e envolvem muitas pessoas e segredos que ao serem revelados trazem grandes surpresas e reviravoltas... Esse livro tem tudo isso, além de passear por momentos verdadeiros da história mundial.

Esse romance conta a história de Grania e Aurora, tratando sobre mudança de vida e a coragem, digamos assim, de abandonar todos nossos planos por algo maior. Além disso, as histórias das famílias de Grania e Aurora se fundem e transpassam quase dois séculos com dores, mágoas e rancor, mas com amor e entrega tudo se resolve de uma forma linda e emocionante.

A história me comoveu por sua delicadeza e força. Quem de nós abriria mão de planos particulares em prol de uma desconhecida? Pois então... a partir daí, incrivelmente tudo de resolve, inclusive as angústias e problemas pessoais.


"A Garota do Penhasco" é uma obra que mostra que é possível encontrar um propósito quando todas as esperanças parecem perdidas, e mais que isso: nos mostra como o orgulho, a raiva e a insegurança acabam tão facilmente com a chance de uma felicidade possível.


Recomendo essa obra. É incrível como a autora tece os destinos das personagens por anos a fio com consistência e profundidade. Além disso, os sentimentos são palpáveis e nos sentimos parte dessa grandiosa história.

Já estou em busca de mais títulos dessa escritora, mas parece que as outras obras dela ainda não foram traduzidas para o português. Estou de olho!!


Boa leitura!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Dicas de livros


Que eu adoro ler não é novidade para ninguém. Ler pra mim é mais que um hobby, é uma necessidade. Quando estou sem livros para ler, sinto tédio. Quando estou cheia de livros pra ler (como agora) chega me dar um nervoso da falta de tempo!

Enfim, meus amigos têm me pedido para eu divulgar uma lista de livros que tenham me marcado. Pediram-me pra listar dez livros, mas achei que com apenas dez eu seria injusta...

Segue abaixo uma lista dos livros que eu considero imperdíveis:

1-       Livros para todas as horas – livros leves, envolventes e inteligentes:

Indico todos os livros da Martha Medeiros. O meu predileto é “Doidas e Santas”, mas os outros dela são maravilhosos e igualmente adoráveis:
“Feliz por nada”; “A graça da Coisa”; “Um lugar na janela” (esse em especial, se você não tem passaporte, vai correr para fazer!); “Fora de mim”; “Divã”; “Trem-bala”; “Montanha-Russa”; “Santiago do Chile – guia turístico descritivo” (principalmente se você está planejando uma viagem para lá – aí é indispensável); “Noite em claro”; “Poesia reunida”; “Coisas da vida”; “Non-stop”; “Tudo que eu queria te dizer”; “Topless”.

Indico ainda os livros da Danuza Leão, em especial: “Quase tudo” e “Na sala com Danuza”.

2-       Livros pra quem gosta de histórias reais e esclarecimentos políticos:
“Getúlio”; “Jango: A Vida e A Morte No Exílio”; e “Vozes da Legalidade”: todos do Juremir Machado da Silva.

3-       Se você gosta de obras eletrizantes misturadas com história, religião e crenças indico o escritor Dan Brown, em especial “O Símbolo Perdido” e “Inferno”. Se você ainda não leu “O código da Vinci” e “Anjos e Demônios”, corra lá!

“O Nome da Rosa”, de Umberto Eco, é leitura obrigatória, depois de ler, veja o filme.

4-       Livros femininos, poéticos, doces e que nos fazem pensar:
“Comer, rezar e amar” e “Comprometida”, de Elizabeth Gilbert;
“O diabo veste Prada” e “A vingança veste Prada”, de Lauren Weisberger;
“Melancia” e todos da escritora Marian Keys;

“Presentes da vida”, “Questões do Coração”; e, “Ame o que é seu”, de Emily Giffin;

"Sal", de Letícia Wierzchowski.

5-       Para diversão, emoção, aventura com um toque de mágica: todos da série “Harry Potter”.

6-       Saga familiar e romance envolvente: todos de Lucinda Riley: “A casa das Orquídeas”, “A luz através da janela” e “A garota do penhasco”.

7-       Se você gosta de romance policial: todos de Sidney Sheldon.

8-       Livros sedutores? Ok, então não perca “50 tons de cinza”, “50 tons mais escuros” e “50 tons de liberdade”, de E L James.

Quer algo mais leve, mas no mesmo tema? Então parta para “Toda sua”, “Profundamente sua”e “Pra sempre sua”, de Sylvia Day. Ainda mais leve, mas com um certo toque apimentado? Então não perca “De repente o amor”, “De repente o destino’, “De repente o desejo” e “De repente é ele”, de Susan Fox.

9-       Gaúcha e bairrista como eu? Então não perca: “O Tempo e o Vento” (ao menos ‘O Continente’, tomo I) de Érico Veríssimo, “A casa das Sete Mulheres”, de Letícia Wierzchowski, “Atado de Ervas”, de Anna Mariano, “Cães da Província” de Luiz Antônio de Assis Brasil e “Porque os Ponchos são Negros”, de Roberto Schaan Ferreira.

10-    Não podem ficar de fora os clássicos, como os de Jane Austen: “Orgulho e Preconceito” e “Razão e sensibilidade”; "O Poderoso Chefão", de Mário Puzzo e "Pássaros Feridos", de Colleen McCullough.

Ok! Sei que muitos livros ficaram de fora. Inclusive alguns que ainda não li, mas que imagino que sejam ótimos. Mas por hora, creio que esses livros são aqueles que deixaram um pouquinho de si em mim.

Espero que você goste!
Boa leitura!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Mi Buenos Aires querido!

Plaza San Martin
Faz alguns anos que fomos a Buenos Aires, Argentina, mas a viagem foi inesquecível - tanto por seus inúmeros atrativos, quanto pelo fato que foi nossa lua-de-mel! 

Tenho ótimas lembranças de lá e toda vez que um amigo vai para a Argentina me pede dicas. Por isso, resolvi disponibilizar minhas observações aqui!

A cidade tem um ar nostálgico e romântico, talvez seja por conta do tango que se "respira" em cada esquina.

Nem preciso dizer que me apaixonei por Buenos Aires, né? Prepare-se, é uma viagem linda e cheia de atrativos! 

Para começar, no centro da cidade tem o obelisco - você pode guiar-se por ele, pois é o marco central da cidade. 

Seguem alguns pontos que considero imperdíveis:


Obelisco

1- Calle Florida: é um grande calçadão onde tem muitas lojas, restaurantes, cafés e livrarias (El Ateneu é a maior e lindíssima - era um teatro). Caminhar pelo calçadão é passeio imperdível... aproveite os artigos de couro, são lindos e de excelente qualidade! Tem sempre dançarinos de tango... é um charme!

Cuide seus pertences, pois fomos avisados que tem batedores de carteiras e de máquinas fotográficas - nós fomos vários dias e não tivemos problema algum, mas é bom ter cuidado.
2- Galerias Pacífico - fica no comecinho da Calle Florida, é um shopping bem legal, tem lojas de marcas famosas e de tudo um pouco. Na praça de alimentação, olhe para o teto, tem uns painéis lindíssimos!
3- Teatro Collón - é o maior teatro lírico da América Latina. A arquitetura é incrível e tem espetáculos maravilhosos a preços acessíveis.




4- Outlet - é na Calle Córdoba, na altura da numeração 4000. São lojas com preços acessíveis (mas ficou longe das nossas expectativas de qualidade).

5- Café Tortoni - não deixe de ir!!! É o café mais antigo da América! Tem show de tango bem tradicional (para ver o show pagamos em 2007, 40 pesos - se não me engano). Vale muito a pena porque é o tango bem tradicional e era o lugar preferido do Carlos Gardel. Tem estátuas de cera dos maiores cantores de tango. É muito legal!! Indico também a torta de sorvete que é imperdível...

6- Casa de Show de Tango 'Sr. Tango' - esse show é realmente imperdível!!!! Compre o pacote de show com translado em uma agência de turismo lá em BA mesmo - na Calle Florida tem várias. Nós pagamos 91 pesos por pessoa, nos pegaram no hotel e no final nos trouxeram de volta (valor em 2007). É simplesmente maravilhoso, é um show tipo 'brodway' que durou 3 horas!! É espetacular... emocionante demais!



Encerramento do Show de Tango - Señor Tango
7- Subte - use metrô para ir nos pontos turísticos, é rápido, prático e barato! 8- Shopping Abasto - é um antigo mercado de abastecimento que virou um shoping bem legal e moderno. Pegue o metrô na Calle Florida e desça na estação Carlos Gardel.
9- Bairro La Boca - visite o Estádio Bombonera e o  Museo della passion boquense (10 pesos pra entrar se não me engano). Tem até uma estátua do Maradona e uma espécie de calçada da fama dos jogadores...



10- Caminito - é um museu à céu aberto (na verdade são poucas quadras onde tem comércio de rua e as casas são todas coloridas). Do estádio bombonera são apenas três quadras, pode ir a pé!



11- Puerto Madero - é o porto deles. Vida noturna agitada. Ótimos restaurantes e tem a Ponte Dela Mujer.

Lápide Evita - Cementério Recoleta
12- Cementério da Recoleta - cemitério que tem a Evita Peron. Muito lindo - é incrível pensar que um cemitério seja tão bonito! Não deixe de visitar, parece uma praça e tem milhares de esculturas divinas! Aproveite pra passear nas redondezas que tem as lojas famosas (Valentino, Louis Vuitton, Cartier, etc...). É nesse bairro que tem a rua mais “chique”: Av. Alvear – não deixe de dar uma caminhadinha... é linda!


13- Bairro de San Telmo - é um bairro onde você encontra antiguidades. Na Plaza Dorego tem uns cafés charmosos e de tardezinha tem shows de tango grátis... (como na Calle Florida também tem).

14 - Casa Rosada, Praça de Mayo, Catedral e Cabildo. A Casa Rosada é linda. A Praça de Mayo é toda arborizada, muito legal! Na frente tem a Catedral que é maravilhosa: cheia de esculturas e enorme (não deixe de visitá-la e fazer três pedidos)! Ao lado está o Cabildo que na época colonial tinha as funções jurídicas e administrativas, além de servir de prisão.


15- Praça San Martin - tem o monumento de San Martin (libertador da Argentina) e tem o monumento aos soldados da Guerra das Malvinas. Na frente vemos o Palácio San Martin e próximo tem o Monumento dos Ingleses, na Av. do Libertador.

Homenagem aos soldados da Guerra das Malvinas

16- Não deixe de andar pela Av. 9 de julho que é a maior avenida do mundo! 


Dicas: para andar de ônibus tem que ter moedas! Se tiverem apenas notas de papel não tem como pagar, porque não tem cobrador dentro do ônibus e vc tem que colocar as moedas como se fosse uma máquina de coca-cola (a máquina dá o troco certinho e emite um recibinho).
Cuide em táxis quando lhe dão o troco: notas falsas circulam com muita facilidade por lá!! Quando for trocar dinheiro, troque em casa de câmbio, pois é bem fácil ser enganado! Cuide que as notas verdadeiras têm uma textura, é um papel diferente... as falsificações são grosseiras.

Não deixe de comer alfajores! Os da marca "Sucesso", na minha opinião, são os mais gostosos! O branco então, é indescritível!. O 'Havanna' é o mais famoso, mas... vai do gosto! Agora é lançamento a marca de alfajores "Cachafaz" – prove, pois é simplesmente maravilhoso!

Para se alimentar na Argentina é muito fácil e barato, principalmente se você gosta de carne, porém, arroz é praticamente inexistente!! Prove as medialunas (tipo um croissant) e as empanadas (tipo um pastel assado)! São deliciosas! Buenos Aires é tudo de bom!! Ótimo passeio!!! Boa viagem!


*observações e preços de novembro/2007. Portanto, podem ter alterações significativas.