segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dica de leitura: “Se eu ficar” e “Para onde ela foi”, de Gayle Forman.

Ao ler a sinopse do livro “Se eu ficar” e de sua continuação “Para onde ela foi”, eu fiquei com muita vontade de ler os livros, talvez pelo tema envolvido – experiência de ‘quase-morte’, acho que se pode dizer assim, e também pelos sentimentos envolvidos.

O livro trata da história, e do dilema, digamos assim, de Mia que após um grave acidente tem que se ajudar e, sobretudo, decidir sobre seu futuro. O fato é que após o acidente onde ela perde toda sua família, ela continua vendo e ouvindo tudo. Ela vê o seu corpo, escuta tudo a sua volta, mas não sente nada. Nesse período, Mia nos conta sua história antes do acidente e também busca respostas para fazer a escolha mais difícil de todas: se deve ficar ou se deve se entregar e ir embora também.

Ao contrário do que se imagina esse dilema não é torturante para o leitor. Muitas vezes eu pensei “fica, por favor!”, mas em outros momentos eu pensava “vai, se entrega, nada aqui vale a pena”... Afinal não é nada fácil pensar em ficar aqui quando se perdeu toda família... Mas aí tem os sonhos, os projetos, o amor... A história é muito bem escrita e me envolveu completamente... O final me deixou muito feliz!

Confesso que sofri em algumas partes do livro, mas é inevitável quando você se coloca no lugar e percebe como pequenas coisas são importantes e outras que pensávamos ser grandes, nem tem tanta importância assim. Adoro livros que mexem com nossos sentimentos como esse, que nos fazem pensar nas possibilidades e dos motivos de lutar ou de se entregar.

O segundo livro “Para onde ela foi” é uma história contada por Adam – namorado de Mia, três anos após o acidente, expondo todos os medos, angústias e esperanças após um acontecimento tão devastador quanto a perda de toda família de sua amada e as consequências disso.

Não vou contar qual foi a “escolha” de Mia no primeiro livro, assim você ficará ansioso para saber o desenrolar da história, bem como as surpresas que virão no segundo livro.

Esses livros são ótimos, com leitura fácil e cativante. Você vai se emocionar (eu me emocionei muito)!!

Mais uma autora que eu me apaixonei... Recomendo! Eu já estou com o terceiro livro dela em mãos: "Apenas um dia"!


Boa leitura! 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Dica de leitura: “O Sári Vermelho”, de Javier Moro.


"A história real da mulher que desafiou a Índia por amor"

"O amor de uma mulher. 
A saga de uma família. 
A epopeia de uma nação."



Espetáculo de livro! Amei. História real de amor, política, dedicação e saga familiar. Simplesmente imperdível. Essa obra é aquelas que além de entreter, nos ensina. A saga da família Nehru-Ghandi é narrada com grande eloquência e com riqueza de detalhes, mas não só como uma biografia ou romance. O livro conta, e explica, a história social, religiosa e política da Índia.

O título remete ao sári vermelho - peça de roupa típica da Índia, fiado por Jawarharlal Nehru quando esteve preso, para presentear sua filha Indira. Esse sári tem uma carga histórica, pois foi usada por Indira Gandhi, sua nora Sônia e sua neta Priyanka em seus respectivos casamentos.

O ‘Sári Vermelho’ é uma epopeia. É a saga de Nehru, Indira, Rajiv, Sanjay, Maneka, dos bilhões de habitantes da Índia, com os erros e acertos, no intuito de construir uma nação mais justa e independente.

Além dessa carga cultural, o livro traz a história linda de amor, dedicação e abnegação de Sonia, uma mulher que abandonou a Itália, sua terra natal, para viver ao lado de seu amor. Além disso, Sonia ajuda a Índia a concretizar sonhos de uma grande nação. A história é envolvente e muito bem escrita.

O livro conta detalhadamente a história da dinastia Nehru-Gandhi, explicando a história da Índia independente, seus costumes e tradições. Rajiv, marido de Sonia Gandhi, uma italiana de Orbassano, foi vítima de um atentado terrorista. A mãe de Rajiv, Indira Gandhi, e avô Nehru, também foram assassinados. Os três atuaram no cargo de Primeiro-Ministro da Índia e lutaram para manter o país independente. Depois da morte de Rajiv, Sonia supera o preconceito por não ser indiana de nascimento e assume a presidência do maior partido democrático da Índia, tornando-se uma das mulheres mais influentes do mundo.

A história familiar que se confunde com a história política da Índia tem, ainda, a nuance da simplicidade. No livro vemos uma família comum como qualquer outra, com seus problemas familiares e atritos. Sempre achamos que famílias que estão no poder estão acima das convenções e acima de conflitos ideológicos e filosóficos, mas nessa obra há o relato detalhado de que isso é ilusão. Todas as famílias têm seus percalços. Indira teve dois filhos, um deles foi Rajiv, grande político, mas também teve Sanjay, que era uma pessoa inconsequente e preocupada apenas em ter poder a qualquer custo. Este se casa com uma mulher ambiciosa que dá asas a esse traço problemático de sua personalidade, o que traz grandes problemas familiares e políticos.

A narrativa do livro nos dá esperança de lealdade e devoção pelo país. Sonia abre mão de suas convicções (odiava política), e em benefício de uma nação, assume o papel que o povo precisa.

A dedicação, a coragem e a honestidade da família em prol de um país é apaixonante e nos faz sonhar com um futuro melhor e com governantes que realmente estejam engajados na causa do povo. Sonho? Utopia? Não sei. Mas eu sou uma sonhadora e apaixonada... Prefiro acreditar que existem pessoas que, um dia, farão acontecer em nosso país e no mundo todo.

Adoro sagas com pano de fundo uma história real, e esse livro nos transporta para a Índia de forma incrível, nos fazendo compreender o dia-a-dia, os costumes, tradições e a política daquele país.

O livro vai muito além de um simples romance, ele relata a história política da Índia, sua cultura, os oitocentos idiomas, crenças, tradições, enfim, é uma aula sobre esse país asiático que é a maior democracia do mundo.

Recomendo a leitura! O livro é fascinante!

Boa leitura!