sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Loucura!


Que sensação é essa de que quando chega dezembro – o melhor mês do ano na minha opinião, mas com ele chega aquela sensação de que o “tempo acabou”, que não deu tempo de fazer tudo que tínhamos planejado e até uma certa frustração? E o que é mais engraçado ainda: no dia 1º de janeiro, nos primeiros segundos do “novo ano” somos invadidos por uma onda de esperança???

Se você é assim como eu... bem-vindo ao clube dos malucos! Sim, só podemos ser malucos! Pois um simples mudar de calendário não deveria ser responsável por tanta mudança de sentimentos.

Parece loucura, mas eu só posso concluir que é tudo psicológico. O fato de chegar dezembro, a proximidade com datas festivas, férias, verão (delícia), recesso (no caso dos advogados) e todo esse clima de felicidade – meu aniversário, inclusive! (ahah modesta, eu!), nos traz um sentimento de finitude do tempo mesmo, afinal, o ano se foi. Acabou. O que foi feito já passou o que ficou só em projeto, ficou mesmo. O que planejamos para 2013 não dá mais... Agora é pensar em 2014!

Talvez por esse mesmo motivo que assim que o ano começa, as esperanças se renovam e nos enchemos de ânimo!

Enfim, acho que temos que aproveitar esse sentimento da melhor forma possível... Acreditar, sim, que o ano novo será melhor, cheio de realizações e blá, blá, blá... não deixa de ser uma forma bonita e animada de começar a nova jornada!

Por isso, vamos aproveitar o finalzinho de 2013 pra ser felizes sim, e entrar em 2014 ainda mais felizes, cheios de projetos, esperança e alegrias já “alinhavadas”!

Obrigada pela companhia e amizade em 2013 e que 2014 seja mágico pra todos nós! Feliz Ano Novo!!


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"O Tempo e O Vento": livro X filme X minissérie


Quem acompanha o blog já sabe que eu sou fã do Érico Veríssimo e que a trilogia “O Tempo e o Vento” é a minha preferida, sendo que já li umas três vezes e nunca me canso.

Agora em setembro/2013 foi lançado o filme, mas a minissérie já existia desde os anos 80. O que eu achei do filme? Lindo, mas vamos por partes...

Gostei do filme: ele não foge da história contida no livro e é bem realista quanto aos diálogos da história. Mas... achei que faltou um pouco de ação e de emoção, pois quando lemos o livro ou assistimos a minissérie, a história é eletrizante e não conseguimos largar. No filme a história é bem parada e não nos leva a grandes emoções. Vendo o trailer do filme eu me arrepiei, mas no filme não... No livro e na minissérie tem passagens que nos arrepiam e que eu sempre choro, no filme não senti isso.

Não pensem que sou preconceituosa com o filme, ou retrógrada. Eu gostei do filme. Só que quem é apaixonada pelo livro vai sentir falta de algumas coisas e de algumas emoções, só isso.

Fernanda Montenegro arrasou como Bibiana Terra Cambará. Na minissérie quem faz a Bibiana é a Lélia Abramo, ótima atriz também, mas a “Fernandona” (que a fez no filme) dispensa comentários. Perfeita. Ana Terra, na minissérie foi interpretada por Glória Pires de uma forma incrível. Tão incrível que eu pensava que a Cléo Pires que agora interpretou no filme não conseguiria superar... mas ela foi brilhante!

Bibiana Terra Cambará (Lélia Abramo e Fernanda Montenegro, minissérie e filme, respectivamente)
Bibiana jovem (na minissérie, Louise Cardoso, e, no filme, Marjorie Estiano, da esquerda para a direita)
Thiago Lacerda como Capitão Rodrigo Cambará está lindo e jovem. Na minissérie, Tarcisio Meira, que fez o Capitão, era mais velho (já tinha cerca de 50 anos), mas com um charme inigualável. Em suma: pra mim o “Tarcisão” será o eterno Capitão Rodrigo, com a irreverência, desprezo pelas regras, fanfarrão... Exatamente como retratado no livro. Inclusive, quando lemos o livro é impossível não dar a entonação às falas exatamente da forma como o Tarcísio fez na minissérie. Ele foi perfeito.

Capitão Rodrigo Cambará - Tarcísio Meira e Thiago Lacerda (minissérie e filme, respectivamente)

Eu como fã dessa história, percebi alguns pequenos detalhes no filme que são diferentes do livro:

1-           Ana Terra no livro tinha dois irmãos: Horácio e Antônio. No filme tem apenas um: Antônio.


Ana Terra - Glória Pires, na minissérie, e, Cléo Pires, no filme.


2-           No livro, o pai de Ana – Maneco Terra, rejeita Pedrinho por vários anos. O filme não mostra isso.

3-           Claro que no livro tem mais personagens que não fazem muita falta na trama, como a cunhada de Ana que fica cega... mas isso tudo bem.

4-           No livro e na minissérie, a cena que o Pe. Lara dá a Extrema Unção ao Capitão, é longa e bem divertida. No filme parece um resumo do resumo... Impossível não dizer que o Pe. Lara ficou meio sem graça no filme. Na minissérie o Pe. Lara é o ator Mário Lago - que dispensa apresentações, e foi perfeito.

Pe. Lara - Mário Lago, na minissérie, e, Zé Adão Barbosa, no filme.

5-           No livro e na minissérie, Bibiana e o Capitão têm três filhos: Bolívar, Anita (que morre) e Leonor. No filme eles têm somente Bolívar e Anita.

6-           Quanto à trilha sonora do filme: achei bonita e moderna, mas a da minissérie é inesquecível! Fico com a da minissérie e confesso que em algumas cenas, após alguns diálogos fiquei esperando o trecho da música “...um certo Capitão Rodrigo que trazia a morte em seu coração...” e outras feitas por Tom Jobim que realmente caíram como uma luva.

Claro que o livro e a minissérie são mais completos e ricos de detalhes que o filme, até em razão do tempo, mas o filme é bem fiel à história, é lindo, muito bem feito e por isso tem seu valor. Inclusive no filme há uma explicação a mais a respeito dos Sete povos das Missões, que na minissérie não tem, que achei muito legal.

Se possível assista o filme e a minissérie... mas não deixe de ler o livro! O livro é simplesmente incrível. Érico Veríssimo supera todas expectativas... Leia ao menos o tomo I, do “O Continente”, que é a parte retratada tanto no filme quando na minissérie. A trilogia completa são sete livros: “O Continente” (2 tomos), “O Retrato” (2 tomos) e “O Arquipélago” (3 tomos).

Trilogia "O Tempo e O Vento", de Érico Veríssimo


Dêem-me um desconto e perdoem-me as comparações, pois sou fã. Assista... leia... é mágico!! O filme é maravilhoso, uma super produção perfeita. A obra é riquíssima, sendo daquelas que não podemos morrer sem conhecer... 

É impossível não se apaixonar, principalmente para nós gaúchos, pois conta a saga da formação do nosso Estado, as dificuldades, os costumes e tradições. Mais uma vez eu digo: é imperdível!


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Mais uma primavera!

Pois é, mais um aniversário... A "certidão amarelou"... Não tem mais jeito! Nem adianta retirar a segunda via! 

Brincadeiras à parte, não tenho problema nenhum em envelhecer. Essa é a lei da vida e o importante é ser feliz todos os dias. Penso que temos que cuidar da nossa aparência, mas não virar escravos da eterna juventude. 

As marcas de expressão são na verdade as marcas do que vivemos: tristezas, alegrias, decepções, superações... Não se esqueça: a beleza passa, mas nossa alma fica... "ser" é sempre infinitamente melhor, e mais importante, do que "ter" ou aparentar.

Claro que o tempo passa e hoje não tenho mais a disposição dos meus 20 anos, onde eu fazia dois estágios diferentes durante o dia, fazia faculdade à noite, estudava nas madrugadas, fazia aulas de italiano aos sábados, três vezes por semana caminhava 45 minutos na esteira e ainda tinha fôlego pra sair de quinta a domingo! Ufa! Cansei só de lembrar!

Mas tudo bem. Hoje tenho uma rotina diferente, com escritório, casa e marido... Meus dias são bem cheios e acredito que muitas mulheres torceriam no nariz... mas eu adoro o meu dia-a-dia corrido! Continuo elétrica, praticamente hiperativa, entusiasmada e multifuncional - como costumo me descrever, mas obviamente meu pique não é mais o mesmo... hoje quando saímos à noite, no dia seguinte estou “quebrada” e sim, eu preciso dormir bem! Mas faz parte, com os anos vieram também outras conquistas e hoje sou muito mais feliz. Todas as fases da vida são belas, basta sabermos reconhecer nelas esse encantamento!


Do alto dos meus trinta e alguns anos (ahaha) e adorando meu dia-a-dia corrido, gosto de pensar no que realmente importa e priorizo o que me faz feliz. Tenho absoluta certeza que o que vale a pena mesmo, dia após dia, ano após ano, é tudo aquilo que vivemos, o quanto amamos, o quanto somos felizes. Lembre-se: a felicidade se constrói todos os dias e está nas pequenas coisas.

Por isso eu digo: ame o mais que puder, todos os dias. Quanto mais se ama, mais se é amado. Não perca a oportunidade de fazer alguém feliz, não hesite de dizer ‘eu te amo’, sorria sempre - independente de que estado seu coração se encontra, seja gentil e educado. Ajude o próximo. Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje... parece clichê mas é a mais pura verdade.

A vida é muito curta pra perdermos tempo, sejamos felizes hoje, sem se importar se temos 15 ou 50 anos!

Aproveito essa data para agradecer o carinho e amizade de todos vocês. Acredito que amigos são anjos que Deus colocou no mundo para nos cuidar... Nossa convivência me faz mais feliz. e tenham certeza que esse sentimento sempre será meu maior presente.Obrigada!!



domingo, 8 de dezembro de 2013

Chegou o Natal, mas e daí?


Mais um Natal se aproxima, o ano termina... As esperanças se renovam, esperança de paz, amor, fraternidade, amor ao próximo...

Como assim? Só porque chega o natal e termina o ano, as pessoas que passaram o ano inteiro semeando a discórdia, brigando, olhando apenas para seu umbigo, que não foram capazes de crescer, de perdoar, de amar, de ser pessoas melhores, agora vêm com esse discurso lindo - e hipócrita, de que natal é tempo de paz!??? Comigo não.

De que adianta nesse tempo de correria, lojas lotadas, ruas apinhadas, sentimentos à flor da pele, se no dia 26 de dezembro ninguém mais se lembra de fazer o bem? Se o ciúme, o ódio, a inveja, as mesquinharias retornam com força total? De que serve isso tudo? Só serve para aumentar vendas das lojas, porque o verdadeiro sentido do natal e o amor ao próximo está sendo esquecido há muito tempo. Aliás, o amor a nós mesmos está sendo deixado de lado. Não amamos o próximo e nem a nós mesmos.

A ordem é aparentar felicidade - não precisamos ser felizes de verdade, mas temos que demonstrar isso, querendo que todos vejam a nossa ‘família perfeita’, nossos bens grandiosos, nosso trabalho com status, nossas roupas de grife, nosso look perfeito, a mesa bem posta... Por ‘fora’ estamos lindos, mas e por dentro?? Querem a verdade? Corações dilacerados.

De que adianta passar o ano todo magoando as pessoas, não sendo capaz de olhar ao próximo ou a estender a mão, a não reconhecer os erros e defeitos, humilhar, ofender, lembrar apenas de “ter” e não de “ser”, querer manter aparências, trabalhar de sol a sol sem se lembrar de viver e acrescentar alguma coisa ao mundo, mas agora no Natal, felicitar até o ‘cachorro’ do vizinho, comprar presentes para quem nem se olhou na cara durante o ano inteiro e ‘fazer de conta’ que o mundo é lindo, perfeito e que todo mundo se ama?? Isso basta pra você?

Hoje em dia ninguém se importa em quanto bom você foi durante o ano, ou durante sua vida. Ninguém se importa se você foi leal aos seus princípios, se esteve sempre ao lado da justiça, da verdade e da moralidade. Na noite de Natal (e nesse época) o importante é o que você ganhou de presente e o quanto você tem! O carro novo tão sonhado? Aquele vestido maravilhoso? A jóia mais brilhante?

Sinceramente, prefiro sentimentos reais. Como sempre digo: “ser” e não “ter”. Amor, felicidade, justiça, lealdade, companheirismo... isso sim, não tem preço e também não estão à venda.

Quanto custa uma amizade sincera? Um abraço apertado? Essas atitudes estão em falta no ‘mercado’... Talvez essa seja a origem primordial de tanta gente nos consultórios psiquiátricos com uma depressão que corrói até os ossos.

Natal é tempo de luz, é tempo de lembrar-se Daquele que deu Sua vida por nós, no seu exemplo de amor, humildade, paz... Mas não podemos lembrar-nos disso tudo apenas nessa época. Não sejamos hipócritas. Natal tem que ser todos os dias. Temos que ser amor todos os dias.

O espírito de Natal tem que nos acompanhar sempre. Sem ser moralista: temos que nos lembrar do próximo, lembrar que ele é tão importante como nos mesmos, que ninguém é mais que ninguém. O que custa ser amável, educado e caridoso com as pessoas? O que custa ser gentil e amoroso? Um sorriso, uma gentileza não custam nada, mas valem um montão. Custa tão pouco ser feliz, mas na correria do dia-a-dia esquecemos que o próximo é de carne e osso como nós. Que todos querem um carinho, seja na forma de um abraço afetuoso, ou de um simples sorriso de bom-dia!

Desejo a vocês amigos, um belíssimo Natal e que ele se perdure por todos os dias do Ano Novo, com muita paz, amor, saúde e prosperidade. Que sejamos nós o abraço amigo e afetuoso todos os dias do ano novo que se inicia.