segunda-feira, 26 de maio de 2014

Dica de leitura: “A Rosa da Meia-Noite”, Lucinda Riley

Vocês que acompanham o blog já sabem mas, essa autora, Lucinda Riley, eu leio sem nem olhar a sinopse! Simplesmente as obras dela arrasam... e saga familiar bem escrita e cheia de detalhes, como só ela faz, me conquista totalmente.

A história fascina desde a primeira página, relatando uma história que atravessa gerações, passando em palácios na Índia até mansões da Inglaterra. A obra relata de forma incrível e emocionante a história extraordinária de Anahita Chavan, que no apogeu do Império Britânico, tinha 11 anos de idade e estabeleceu uma linda amizade com a princesa Indira.

Os acontecimentos fictícios se misturam com a história mundial real, como a Primeira Guerra Mundial, o que só agrega ainda mais emoção à narrativa. Através dessa amizade, Anahita conhece seu grande amor e a história toda se desenvolve.

Passam-se oitenta anos e na mansão Astbury Hall - onde toda história de Anahita se passou, surgem as gravações de um filme com Rebecca Bradley. Então, com Rebecca e Ari (descendente de Anahita) a história e os mistérios que ficaram sem solução no passado começam a aflorar...

O livro é um mergulho na história do passado da família de Anahita, uma saga familiar envolvente, dinâmica e apaixonante.

O livro é simplesmente enlouquecedor! É daquelas obras que não se consegue largar!

Recomendo totalmente! Essa obra é daquelas que classifico como impossíveis de não ler! Certamente esse foi um dos livros que eu relaciono como um dos melhores que li.


Boa leitura!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Parceria Editora Sulina

Novidade boa no Blog Pimenta!! Mais uma parceria!!

A partir de hoje o Blog Pimenta é parceiro da Editora Sulina!

Em breve mais publicações deliciosas a respeito de leituras adoráveis... Aguardem!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

“O Cemitério de Praga”, de Umberto Eco.

Há alguns dias li o livro “O Cemitério de Praga”, de Umberto Eco. Confesso que comprei apenas pelo autor, visto que já tinha lido “O Nome da Rosa” e a obra foi fascinante. Porém, esse livro é bem diferente, ou seja, a leitura é bem diferente: é uma leitura difícil, cheia de nuances e ironias... Não é aquela leitura lúdica, simples e fácil... É necessário concentrar-se para entender completamente o enredo e não perder o foco da história.

 
A história se passa no século XIX, em Turim, Palermo e Paris, cheia de tramas conspiratórias contra jesuítas, maçons, judeus e qualquer grupo considerado uma ameaça. A história alterna os diários de um capitão e um abade.

O personagem principal é o exímio falsário Simonini, um tabelião que falsificava fatos e documentos, os chamados ‘Protocolos dos Sábios Anciãos de Sião’, que supostamente teriam inspirado Hitler com os campos de extermínio, jesuítas que tramam contra os maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam os padres com as suas próprias tripas. A história conta ainda com um Garibaldi com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres em Paris (onde se comem os ratos), horrendas reuniões por parte de criminosos que planejam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras.

Já no início do livro eu fiquei bastante impressionada com tanto ódio descrito contra os judeus, padres, alemães, austríacos, maçons, mulheres, italianos, franceses, armênios, turcos... Praticamente contra todo o mundo! E com ricas descrições!

Além disso, na obra há vários relatos dos alimentos, inclusive tem até explicação de como determinados pratos são preparados – o que é um pouco chato. O protagonista trata fatos históricos e ‘heróis’ com desdém e tem horror ao sexo.

Achou complicado? Que nada! Você nem imagina o quanto! Prepare-se: o autor insere até Sigmund Freud!

O autor mescla os ingredientes improváveis num cenário parisiense. A narrativa é inteligente, mas muitas vezes faz o leitor se perder, tanto que o personagem principal pratica atos reais, mas que foram, de fato, exercidos por outras pessoas, deixando o leitor um tanto perdido.

No final do livro, inclusive, tem uma tabela da cronologia da história para ajudar a localização dos fatos no tempo. Segundo o próprio autor, somente o protagonista é fictício, o restante dos personagens da obra existiu realmente.

Para ler esse livro e entendê-lo é preciso prestar atenção e ter senso de humor para perceber a ironia de Umberto Eco. Confesso que eu esperava uma leitura que me prendesse, assim como foi com “O Nome da Rosa”. Em “O Cemitério de Praga” achei o enredo confuso e sem uma história fascinante, clara e precisa como pano de fundo. Na verdade achei uma miscelânea de fatos que confundiram a minha leitura e me faziam perder o foco na história.

Espero que gostem dessa obra. Me perdoem aqueles que adoraram esse livro, mas tenho o compromisso de relatar exatamente o que eu achei de cada obra que li. Não vou simplesmente dizer falsamente que "amei" uma obra somente porque o escritor é famoso, porque todo mundo gostou, ou simplesmente porque o autor representa "cultura". 


A leitura dessa obra é válida, mas ficou aquém das minhas expectativas. Boa leitura!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Homenagem ao grande poeta Mário Quintana

Há 20 anos, em Porto Alegre - RS, com 87 anos, faleceu o poeta e escritor gaúcho Mário Quintana.


 Eu, como boa gaúcha e (muito) bairrista, ouso dizer que foi o maior poeta de todos os tempos! Respeito todos os demais poetas – todos têm seu valor e sou apaixonada por muitos outros, mas peço licença para essa ‘paixão’, pois Quintana... é Quintana!

Escreveu Quintana: 

"Amigos não consultem os relógios quando um dia me for de vossas vidas... Porque o tempo é uma invenção da morte: não o conhece a vida - a verdadeira - em que basta um momento de poesia para nos dar a eternidade inteira"
.

Mario Quintana gostava de brincar com a morte:

"A morte é a libertação total:
a morte é quando a gente pode,
afinal, estar deitado de sapatos".
  
Outros poemas do inesquecível Quintana:

Poeminho do Contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!

Bilhete
Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

A Rua dos Cataventos
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meu cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Esperança
Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…


...Quintana deixou saudades... Porém, poetas dessa grandeza nunca nos deixam: vivem em nossos corações.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Convite! Juremir Machado da Silva em Passo Fundo!

Dia 08 de maio de 2014 - quinta-feira próxima, às 19h, no auditório da Faculdade de Medicina de Passo Fundo - RS, na Rua Teixeira Soares, o escritor Juremir Machado da Silva estará lançando o seu novo livro, autografá-lo e proferir uma palestra sobre o tema, numa promoção do Pré-Vestibular MediSchool, da Livraria Nobel da Gal. Osório e da Secretaria de Desporto e Cultura do Município. 





Confira um pouco sobre essa obra:

1964 Golpe Midiático-Civil-Militar

O golpe de 1964 chega aos seus 50 anos em 2014. O inventário dessa tragédia que abalou o Brasil continua a ser feito. Não foi apenas um golpe militar. Nem somente um golpe civil-militar. É verdade que empresários, governadores e militares atuaram em sintonia. Tem faltado, porém, um elemento no banco dos réus: a mídia. O golpe de 1964 foi midiático-civil-militar. O banco dos réus jamais foi formado. Militares, torturadores, golpistas de todos os naipes e mídia se autoanistiaram. É hora de exumar esses cadáveres guardados em nossos armários. Alguns ainda se exibem em vitrines na condição de paladinos da democracia. Os militares jamais mudaram de versão: teriam agido para salvar o país do comunismo e garantir a “verdadeira” democracia. Os civis golpistas recorrem, quando saem de um mutismo estratégico, a argumentos semelhantes. A mídia tem sido mais ardilosa: reescreveu a história e a própria história dando-se, aos poucos, um papel heroico de resistência. Houve jornalistas que apoiaram o golpe e resistiram à ditadura. Os grandes jornais, de maneira geral, apoiaram o golpe e a ditadura. Este livro examina o melancólico e lamentável papel da imprensa no parto do regime autoritário implantado no Brasil em 1964.

Grandes nomes do jornalismo e da literatura brasileiros cederam ao golpismo. Viram a chegada do caos nas reformas que tentavam arrancar o Brasil do atraso. A imprensa de 1964 atolou-se no mais rasteiro conservadorismo. Cumpriu a triste função de “cão de guarda” dos interesses das camadas mais reacionárias. Alguns jornalistas fizeram questão de passar recibo reunindo em livro, ainda em 1964, suas impressões. Esta obra completa um ciclo de “descobrimento”. A pesquisa, sustenta o autor, deve destapar, trazer à tona, revelar.
Confira a fanpage da Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina



Participe! Esse evento é imperdível! 

Olhem eu aí pegando autógrafos nos meus livros durante o último evento quando o escritor Juremir esteve aqui em Passo Fundo - RS lançando o livro "Jango: a vida e morte no exílio".