quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dica de leitura: “O Segredo do Anel”, de Kathlen McGowan.

Essa obra está esgotada, porém, depois de receber indicações procurei na Estante Virtual (site que reúne todos os sebos do Brasil: www.estantevirtual.com.br) e consegui! Fiquei muito satisfeita, na verdade, amei o livro, pois além de entreter com uma história fascinante, trouxe à tona fatos que eu sempre acreditei a respeito de Jesus Cristo e Maria Madalena (esse não foi o primeiro livro desse tema que eu li).

O livro levanta a questão de como seria o mundo se tivesse sido possível para várias mulheres, personagens da história mundial (Maria Antonieta, Joana d'Arc, Maria Madalena e outras), contar a história sob seu ponto de vista. Porém, o tema central é o suposto Evangelho Segundo Maria Madalena e a sua verdadeira história com Jesus Cristo.

O livro é uma ficção tendo como pano de fundo a suposta história de Maria Madalena e Jesus Cristo. O livro passeia por Jerusalém, França - região de Languedoc e Estados Unidos. Prepare-se para aventura, suspense e romance com muitas revelações, pois o livro trata de pontos obscuros da história oficial e revê o papel feminino em acontecimentos importantes ao longo dos séculos. Apesar de ser uma ficção, a própria autora nos faz crer ao término do livro que os fatos são verdadeiros, mas que ela utilizou-se de uma ficção para poder contar a história.

Você já se perguntou qual é a verdade a respeito disso tudo? Eu sou Cristã e cresci com os ensinamentos católicos, porém, isso não me fez fechar os olhos para alguns fatos que nunca me pareceram bem explicados. Há muito tempo li alguns livros que falavam da relação de Jesus e Maria Madalena e confesso que fiquei fascinada e cada vez mais curiosa, pois quero saber a verdade e minha fé não se baseia em puritanismo.

Os religiosos pensam que caso o amor e o casamento de Jesus e Madalena fosse provado, e revelado, que Jesus perderia sua pureza e a divindade, acarretando a perda de fiéis. Eu, particularmente, discordo! Pra mim, e como no livro mesmo fala, não há nada mais sagrado do que o amor entre duas pessoas que se amam e se respeitam. Pra mim, o fato de Jesus ter sido ou não casado com Madalena não muda em nada minha crença, aliás, só aumentaria minha admiração por uma pessoa que lutou para levar a Palavra de Deus aos homens. Na verdade, a minha fé nada tem a ver com esse estereótipo de pureza imaculada. A natureza superior e divina de Jesus, por seus atos e palavras é indiscutível, casado ou não!

Sem querer criar polêmica – até porque nada está provado, nem reconhecido pelo Vaticano, bem como tudo está no campo das conjecturas, acho bem interessante a tomada desse livro. Se tudo que está nessa obra for verdade realmente, o que mudaria para o mundo? Pra mim em termos de fé e crença nada, mas com relação à Maria Madalena ficaria muito satisfeita em saber que a história seria finalmente contada. Até porque não gosto nem um pouco de histórias distorcidas ou contadas aos pedaços. A Igreja já admitiu que Madalena nunca fora prostituta, mas nem todos sabem disso e continuam falando inverdades. Basta de obscuridades e informações incompletas, acredito que o mundo mereça conhecer a verdade dos fatos, seja ela qual for.

Esse livro levanta também a questão de Judas Iscariotes. Foi ele um traidor mesmo? Segundo Madalena, não. E Paulo? Negou Jesus três vezes por medo ou vergonha de sua fé? No livro há outra perspectiva sobre tudo isso que no mínimo nos faz refletir... Claro que não são provas definitivas (nem eu estou aqui para dizer o que é certo, errado, verdade ou mentira), mas são pontos de partida a serem refletidos e estudados, pois eu parto do princípio que a história contida na Bíblia é acima de tudo uma história de amor e que tem que ter um compromisso com o que realmente aconteceu.

Quero que a fé das pessoas tenha como base fatos verdadeiros e não seja construída em cima de obscuridades, mistérios, culpas ou medos. A história é linda. Sempre soubemos que a história de Jesus Cristo é uma história de amor pelo próximo, e quem sabe num futuro próximo possamos conhecer toda verdade, seja ela qual for.

Esse livro me cativou não só pela história intrigante, mas também pela forma delicada como tratou de um tema tão polêmico, sem impor pensamentos, apenas abrindo os horizontes para que possamos falar sobre tais supostos acontecimentos. Já estou em busca dos outros livros dessa escritora a respeito desse tema. Na verdade é uma trilogia: “O Segredo do Anel”, “O Livro do Amor” e “Fonte dos Milagres”.

Importante esclarecer que de forma alguma estou dizendo que os fatos contidos no livro são reais ou verdadeiros, pois como já foi dito, nada até hoje fora provado ou reconhecido pelo Vaticano. Essa obra apenas põe lume à discussão de um tema muito polêmico e nos faz refletir. O que posso dizer é que para mim, a minha fé não se abalaria se tais afirmações fossem mesmo comprovadas.


Recomendo a leitura!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Dica de leitura: “Infiel”, de Ayaan Hirsi Ali.

O livro recebeu o nome “Infiel”, que literalmente significa "sem fé", que é o termo usado especialmente pelos muçulmanos para designar quem não tem crenças religiosas, ou que duvida ou rejeita os dogmas básicos desta religião, acredito que pelo motivo de fazer profundos questionamentos ao exercício da fé cega, nos provocando e nos fazendo avaliar as condutas e as consequências desse sistema político-religioso.

A obra não irá tentar lhe converter ao islamismo e nem mesmo fazer apologia à fé, é uma obra descritiva da vida das pessoas submetidas a esse sistema. É daquelas leituras que do começo ao fim escancara a realidade, a hipocrisia religiosa, expõe as fragilidades dos dogmas e das promessas de felicidade e abundância de vida plena.

Prepare-se para a biografia comovente e emocionante de Ayaan, uma mulher nascida em um dos países mais miseráveis da África – Somália, e, contrariando todas as expectativas de vida das Somalis, se rebelou ao sistema opressor e com muita luta chegou ao parlamento holandês.

A narrativa é impressionante, sobretudo para nós ocidentais que vivemos numa realidade de aparente liberdade de expressão. É difícil imaginar a vida de Ayaan naquela violência diária, onde nenhum desejo lhe era permitido, aos cinco anos de idade sofreu clitoristomia, suportava surras frequentes de sua própria mãe e fraturou o crânio após ser espancada por um pregador do Alcorão.

Outro detalhe absurdamente entristecedor dessa leitura é perceber a ausência de segurança e estrutura familiar – os filhos, vítimas da própria sorte emocional, com a mãe preocupada com o cumprimento das obrigações religiosas, o pai, quase sempre ausente, pois era um importante opositor da ditadura de Siad Barré e em consequência disso, a família fugiu para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e finalmente no Quênia.

Ayaan presenciou vários níveis de submissão à cultura muçulmana, e aos poucos foi analisando a situação e mudando seu pensamento, sobretudo após ser obrigada a casar-se com um marido que o pai escolhera. A análise psicológica que a autora faz de si mesma durante o relato é maravilhoso e profundo, ela se questiona o tempo todo a respeito do que estava fazendo e do que estava sentindo, se sente culpada pelo simples fato de questionar-se e de avaliar se era certo ou errado, justo ou injusto, e quanto mais entendia os seus sentimentos, mais percebia e sentia a necessidade de rebelar-se contra os costumes muçulmanos rigorosos, com os quais não mais concordava.

O livro é uma aula de amor-próprio, de democracia e de liberdade. Além dela se questionar e contestar o sistema, ela explica e fundamenta suas atitudes e decisões, nos fazendo entender muitos meandros desse sistema.

Ayaan acabou fugindo e se exilando na Holanda, onde pode vivenciar os valores ocidentais iluministas da liberdade, igualdade e democracia. Passa, então a adotar uma visão cada vez mais crítica do islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e violência contra a mulher na sociedade muçulmana. A partir de então, ela passa a lutar para ajudar outras pessoas que como ela não mais aceitavam essa submissão, porém, muitos obstáculos testaram sua força.

Impossível não se revoltar ao ler a descrição da luta de Ayaan, da forma como ela viveu sua infância, sua adolescência e como transcorreu sua libertação desse sistema que além de toda violência real, havia a violência emocional, a culpa e as mágoas. Ao ler, nos colocamos em seu lugar, pensamos como ela e nos indignamos com a ingenuidade daqueles que tem o poder de fazer a diferença, mas que por muitos motivos, e até por acreditarem ser exagerados os relatos de violência, nada fazem.

O livro é incrível. É mais que uma biografia. É um relato histórico a respeito de vidas dilaceradas por um sistema político-religioso que dá sustentação à violência praticada dentro das casas pelos próprios familiares. Como ela mesma diz em seu livro, quando dogmas dão guarida para que uma pessoa use de força para garantir que sua vontade prevaleça acima do outro, percebe-se que há algo equivocado e que a violência está presente. E continua: dizer que o Islã, ou que o Alcorão prega uma religião de paz, quando na verdade funda sua linha dogmática em submissão e ausência de questionamentos, descortina-se a fragilidade dessa paz, de suas orientações religiosas e das condutas humanas. Realmente, é um livro histórico e que nos faz pensar profundamente em toda essa questão.

Ayaan se tornou conhecida mundialmente por sua luta pelos direitos da mulher muçulmana e por suas críticas ao fundamentalismo islâmico. A revista Time a incluiu entre as cem pessoas mais influentes do mundo. Ela merece nosso respeito e admiração pela força e pelas atitudes corajosas, e, sobretudo, pela persistência em lutar contra costumes tão fortemente enraizados e que tantos sofrimentos causam.

Terminei o livro muito impressionada. Aprendi muito e recomendo essa obra fascinante.

Fiquei ainda com mais vontade de conhecer novas filosofias, religiões e costumes para entender e aprender mais sobre essa diversidade que temos em nosso mundo. Jamais me sentirei no direito de julgar ou de criticar - e não o estou fazendo, apenas esse post retrata o que senti e o que aprendi ao ler essa obra.

Boa leitura!

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Dica de Leitura: "As Violetas de Março", de Sara Jio.

As Violetas de Março” foi a primeira obra de Sara Jio, onde ela nos apresenta seu estilo incrível de escrever: histórias fortes, com desdobramentos além do tempo atual, fazendo de forma perfeita a ligação com acontecimentos do passado com conseqüências no futuro. Eu já tinha lido o segundo livro dela “Neve na Primavera” – que me encantou, porém, esse livro foi além: me prendeu me envolvendo na história do começo ao fim de uma forma inacreditável e emocionante.

Outro traço dessa autora é que ela entremeia a história com sentimentos psicológicos dos personagens de uma forma leve, nos fazendo viver intensamente o enredo, como se estivéssemos dentro do livro. Ela também traz detalhes que quando lemos não se apegamos, mas depois ela remete a eles de forma fascinante, nos fazendo lembrar e pensar que é uma história real.

O livro conta a história de Emily, uma escritora que apesar de sucesso não gosta muito de seu próprio livro. Depois de não conseguir dar continuidade a sua obra e também após seu divórcio, Emily decide viajar para Bainbridge — a ilha onde visitava quando menina — para tentar reorganizar seus pensamentos e sua vida.

Na casa de sua tia na ilha, Emily encontra um diário de 1943 – que nada mais é que uma biografia misteriosa que envolve antigos habitantes da ilha e que tem muito a ver com sua própria história, mas que ela nem imagina.

Com essa biografia tão rica de mistérios e sentimentos, Emily tenta investigar a história fascinante do diário e ao mesmo tempo sai em busca de as respostas para as lacunas em sua própria vida e acaba entendendo vários sentimentos e acontecimentos escondidos por sua família.

Essa obra é maravilhosa, mostrando que “o grande amor perdura ao tempo, à mágoa e à distância. E mesmo quando tudo parece perdido, o verdadeiro amor vive.” (fl. 276)

Quando comecei o livro, não conseguia mais largar... na primeira noite fui até a página 171 e na segunda noite já o terminei. Detalhe: na apresentação da obra tem a citação da música brasileira "Águas de Março" do Tom Jobim! Como não amar?



Essa obra é incrível e agora estou louca por outras! É impossível não se envolver e não se emocionar.

Terminei o livro emocionada e arrepiada. O amor, realmente, é o sentimento mais incrível e que mesmo o tempo não consegue apagar.

Recomendo! Certamente você terá lindas e agradáveis horas de leitura fascinante!

Boa leitura!


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Dica de leitura: “Neve na primavera”, de Sarah Jio.

Esse livro é daqueles que já nos conquista pela capa e quando você começa a ler, não consegue largar! Fascinante! Emocionante!

Essa obra é daquelas que fazem o contraponto de acontecimentos dos tempos atuais com histórias do passado e suas conseqüências. O livro conta a história de Vera Ray e do pequeno Daniel. Em 1933 uma nevasca cai sobre a cidade durante a primavera, acontecimentos trágicos acontecem e ficam sem solução até os dias atuais.

Em Seattle nos tempos de hoje, novamente uma nevasca cai sobre a cidade e o tema vem à tona fazendo a repórter Claire Aldridge escrever sobre esse fenômeno, que acontece pela segunda vez em setenta anos.

Ao pesquisar sobre a incomum nevasca na primavera, Claire se interessa pela história do pequeno Daniel Ray, que permanece sem solução e cheia de segredos.

Aos poucos, Claire descobre fatos incríveis que tocam nossos corações e nos emocionam. O final é fascinante e surpreendente!

Durante a leitura, eu me apegava às datas e idades dos personagens, querendo decifrar o mistério. Ao chegar ao fim do livro fiquei muito satisfeita e emocionada pela forma como a autora desenvolveu a história e com o desfecho dos acontecimentos. Na leitura dos últimos capítulos é impossível não se envolver e chorar. É uma linda história amor e de laços de sangue.

Recomendo essa obra e já lhe digo: você não conseguirá largar até não chegar ao fim!

Boa leitura!



quarta-feira, 17 de junho de 2015

Super promoção e-book "Precisava de você"!



Baixe agora mesmo o e-book de Precisava de Você por apenas R$1,99

O novo lançamento da Editora Belas-Letras que está dando o que falar, "Precisava de Você", acaba de ganhar versão digital. O e-book do (des)romance de Pedro Guerra custa apenas R$1,99 e já está disponível para download.

Não vai perder!!!

Acesse o hotsite para saber mais do livro e baixar a obra: www.precisavadevoce.vai.la





Sinopse:
 
Então está aqui tudo o que eu guardei por algum tempo. A partir de agora eu pretendo escrever, desde o começo, a nossa história (se é que eu posso chamar assim). O nosso (des)romance. Acho que a melhor maneira de se livrar de alguma coisa (neste caso, de alguém) é colocando para fora. Então é isso que eu vou fazer. Eu vou te exorcizar de mim. Que droga. Que droga, Gabriel Vegas. Eu gostava de você pra caramba.



 



terça-feira, 16 de junho de 2015

Dica de Leitura: “Uma prova de amor”, de Emily Giffin.

Adoro essa escritora, pois além de entreter, seus livros sempre provocam reflexões profundas. Essa obra não seria diferente. Achei o livro maravilhoso e assim que comecei a ler só parei na página 205. Na segunda noite que retomei a leitura já terminei o livro. Recomendo!

O livro conta a história de Claudia que é muito feliz e realizada no casamento, sendo que tanto ela como seu marido Ben não desejam ter filhos. Porém, um deles muda de ideia. Então o livro passa a relatar os caminhos e dificuldades que essa mudança de decisão de um dos cônjuges traz à vida e à relação conjugal deles.

A história é bem divertida e às vezes um pouco tensa, pois qualquer escolha sempre envolve a renúncia de alguma coisa, perdas e ganhos também. Achei muito interessante a forma como Claudia relata os conflitos do casal, as dificuldades e as reações das pessoas perante a escolha deles de não desejarem ter filhos, como se tê-los fosse uma obrigação do casal, ou garantia, ou ainda, prova de felicidade.

Outro ponto muito legal foi a descrição de como as pessoas imaginam que por eles não quererem ter filhos, não gostam de crianças ou que não estão aptos para cuidar delas – o que é irreal. Ter filhos e se implicar com isso é bem diferente de gostar ou não de crianças.

O desenrolar da historia é cativante e mostra a relação de outros casais com filhos que não têm e não sabem o que é cumplicidade, amizade, paixão e amor, como Claudia e Bem, sem filhos, têm - ou seja, desmistifica o pensamento que o casal com filhos é feliz e realizado. Algo bem interessante a se refletir, pois o livro mostra de forma sutil e delicada que a felicidade tem que estar dentro de cada um de nós, e não em alguém, ou em um filho. Filhos não podem ser vistos como ‘atestado de felicidade’, porque não o são.

O livro é muito bem escrito, é inteligente e delicado, tratando do tema “ter filhos como uma escolha e não como uma obrigação” de uma forma leve e clara. A obra é uma delícia e prende o leitor do início ao fim. Não vou contar aconteceu com o casamento deles, mas posso dizer que o final era tudo que eu esperava.

Boa leitura!

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dica de leitura: “Os Segredos da Mente Milionária”, de T. Harv Eker.

Ganhei esse livro de amigos muito estimados e a expectativa para a leitura estava bem alta. Eu já tinha lido outros títulos a respeito desse assunto, todos bons, mas esse despertou meu interesse já ao ler a contracapa. Ao começar a leitura, me empolguei ainda mais: leitura fácil e instigante. Resultado: quase acabei o livro ‘numa sentada’, como costumo dizer!

O livro trata de ensinamentos para, além de organizar as finanças, mudarmos o nosso modo de pensar a respeito do dinheiro e a projetar rendimentos. O livro fala de vários pontos que travam o crescimento e o desenvolvimento das nossas finanças, dando dicas de como superar esses obstáculos: saber o que se deseja, pensar grande, focalizar oportunidades, correr riscos calculados, admirar pessoas bem sucedidas, ser bom recebedor, não limitar os desejos, administrar bem o dinheiro, colocar o dinheiro para trabalhar para você, agir apesar do medo, sair da zona de conforto, se aprimorar sempre, dentre outros.

Achei especialmente interessante o que o autor chama de “conjunto de crenças que cada um de nós alimenta desde a infância e que molda o nosso destino financeiro, quase sempre nos levando para uma situação difícil” - impossível não se identificar com algumas situações, frases e pensamentos... Segundo o autor temos que mudar a nossa programação mental, pois se desejarmos pouco, projetaremos pouco e, como conseqüência, teremos pouco!

O autor ensina como pequenas atitudes diárias e com pensamentos diferentes dos que estamos acostumados podemos substituir a mentalidade destrutiva - que nem percebemos que temos. Para isso, ele nos passa os "arquivos de riqueza", que são 17 modos de pensar e agir que distinguem os ricos das demais pessoas.

As dicas do autor não são apenas a respeito de pensamentos positivos, são também a respeito de ações da mente milionária, ele ensina além de mudar a nossa mentalidade, a criar meios de poupar e fazer com que o dinheiro trabalhe para nós mesmos. O autor frisa os ensinamentos como ‘princípios da riqueza’ e nos dá declarações que devemos dizer para que nossa mente se molde a esse novo modo de agir.

Gostei muito do livro! Sabemos que o modo como pensamos determina como somos e também o que atraímos. Você já percebeu que quando estamos felizes parece que tudo a nossa volta sorri também, já quando estamos de mau humor, parece que o mundo todo conspira a favor de dar errado? Então, a respeito de finanças não poderia ser diferente. O problema é que nossa ‘programação’ do pensamento está errada. Se pensarmos corretamente, ou melhor, se pensarmos como milionários vamos atrair milhões – essa é a filosofia do autor. Não custa tentar!

Super recomendo esse livro, pois dicas para melhorarmos de vida nunca são demais e achei que os ensinamentos do autor têm muito fundamento!

Boa leitura!

P.S.: quero fazer uma agradecimento especial aos amigos que me presentearam com essa obra: obrigada Débora Granzotto e Ricardo Maran! Fiquei lisonjeada com o presente, sobretudo pelo conteúdo altamente instrutivo!


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dica de leitura: “Um Certo Verão na Sicília”, de Marlena Blasi.

O livro, que é leve e delicioso, conta a história de Marlena, jornalista, numa viagem ao interior da Sicilia. Superada a dificuldade inicial de conversar com os habitantes para escrever um artigo - inicialmente a viagem era a trabalho, pois seu editor a havia enviado, ela conseguiu o inimaginável: fazer com que os moradores abrissem seus corações e passou a curtir o passeio descobrindo encantos e sentimentos fortíssimos.

Nessa viagem ela descobriu que o silêncio na Sicília é uma tradição, como se fosse algo para se protegerem, e se reflete na personalidade de seus habitantes, que são fechados e não falam sobre seus sentimentos. Porém, em meio a todo esse mistério, o carisma de Marlena conquistou os habitantes mais inflexíveis rendendo uma linda história.

A história se desenvolve quando Marlena e seu marido chegam à misteriosa Villa Donnafugata e conhecerem seus habitantes, sobretudo Tosca. Aos poucos, Marlena vai conhecendo detalhes da vida das pessoas, sentimentos tristes e outros emocionantes e muito lindos. A história de vida dos habitantes daquela vila é belíssima e cheia de sentimentos. Fiquei muito tocada com essa obra.

Eu sempre digo que o amor entre um homem e uma mulher é o sentimento mais sublime que existe, pois não tem obrigações e só sobrevive se for real, sem cobranças e de livre e espontânea vontade. A história de amor contida nessa obra é grandiosa e de uma força incrível. É acalentador saber que o amor de um homem e de uma mulher mudou a vida de muitas pessoas. Me emocionei e a obra me arrebatou.

Um belo romance que fará você viajar pelo interior da Sicilia, com descrições dos costumes, da paisagem e da culinária que lhe farão sentir até os cheiros mais desconhecidos. Tenho certeza que essa obra tocará seu coração. O amor é, realmente, lindo e tem uma força que desconhecemos.


Boa leitura!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dica de leitura: “Se eu ficar” e “Para onde ela foi”, de Gayle Forman.

Ao ler a sinopse do livro “Se eu ficar” e de sua continuação “Para onde ela foi”, eu fiquei com muita vontade de ler os livros, talvez pelo tema envolvido – experiência de ‘quase-morte’, acho que se pode dizer assim, e também pelos sentimentos envolvidos.

O livro trata da história, e do dilema, digamos assim, de Mia que após um grave acidente tem que se ajudar e, sobretudo, decidir sobre seu futuro. O fato é que após o acidente onde ela perde toda sua família, ela continua vendo e ouvindo tudo. Ela vê o seu corpo, escuta tudo a sua volta, mas não sente nada. Nesse período, Mia nos conta sua história antes do acidente e também busca respostas para fazer a escolha mais difícil de todas: se deve ficar ou se deve se entregar e ir embora também.

Ao contrário do que se imagina esse dilema não é torturante para o leitor. Muitas vezes eu pensei “fica, por favor!”, mas em outros momentos eu pensava “vai, se entrega, nada aqui vale a pena”... Afinal não é nada fácil pensar em ficar aqui quando se perdeu toda família... Mas aí tem os sonhos, os projetos, o amor... A história é muito bem escrita e me envolveu completamente... O final me deixou muito feliz!

Confesso que sofri em algumas partes do livro, mas é inevitável quando você se coloca no lugar e percebe como pequenas coisas são importantes e outras que pensávamos ser grandes, nem tem tanta importância assim. Adoro livros que mexem com nossos sentimentos como esse, que nos fazem pensar nas possibilidades e dos motivos de lutar ou de se entregar.

O segundo livro “Para onde ela foi” é uma história contada por Adam – namorado de Mia, três anos após o acidente, expondo todos os medos, angústias e esperanças após um acontecimento tão devastador quanto a perda de toda família de sua amada e as consequências disso.

Não vou contar qual foi a “escolha” de Mia no primeiro livro, assim você ficará ansioso para saber o desenrolar da história, bem como as surpresas que virão no segundo livro.

Esses livros são ótimos, com leitura fácil e cativante. Você vai se emocionar (eu me emocionei muito)!!

Mais uma autora que eu me apaixonei... Recomendo! Eu já estou com o terceiro livro dela em mãos: "Apenas um dia"!


Boa leitura! 

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Dica de leitura: “O Sári Vermelho”, de Javier Moro.


"A história real da mulher que desafiou a Índia por amor"

"O amor de uma mulher. 
A saga de uma família. 
A epopeia de uma nação."



Espetáculo de livro! Amei. História real de amor, política, dedicação e saga familiar. Simplesmente imperdível. Essa obra é aquelas que além de entreter, nos ensina. A saga da família Nehru-Ghandi é narrada com grande eloquência e com riqueza de detalhes, mas não só como uma biografia ou romance. O livro conta, e explica, a história social, religiosa e política da Índia.

O título remete ao sári vermelho - peça de roupa típica da Índia, fiado por Jawarharlal Nehru quando esteve preso, para presentear sua filha Indira. Esse sári tem uma carga histórica, pois foi usada por Indira Gandhi, sua nora Sônia e sua neta Priyanka em seus respectivos casamentos.

O ‘Sári Vermelho’ é uma epopeia. É a saga de Nehru, Indira, Rajiv, Sanjay, Maneka, dos bilhões de habitantes da Índia, com os erros e acertos, no intuito de construir uma nação mais justa e independente.

Além dessa carga cultural, o livro traz a história linda de amor, dedicação e abnegação de Sonia, uma mulher que abandonou a Itália, sua terra natal, para viver ao lado de seu amor. Além disso, Sonia ajuda a Índia a concretizar sonhos de uma grande nação. A história é envolvente e muito bem escrita.

O livro conta detalhadamente a história da dinastia Nehru-Gandhi, explicando a história da Índia independente, seus costumes e tradições. Rajiv, marido de Sonia Gandhi, uma italiana de Orbassano, foi vítima de um atentado terrorista. A mãe de Rajiv, Indira Gandhi, e avô Nehru, também foram assassinados. Os três atuaram no cargo de Primeiro-Ministro da Índia e lutaram para manter o país independente. Depois da morte de Rajiv, Sonia supera o preconceito por não ser indiana de nascimento e assume a presidência do maior partido democrático da Índia, tornando-se uma das mulheres mais influentes do mundo.

A história familiar que se confunde com a história política da Índia tem, ainda, a nuance da simplicidade. No livro vemos uma família comum como qualquer outra, com seus problemas familiares e atritos. Sempre achamos que famílias que estão no poder estão acima das convenções e acima de conflitos ideológicos e filosóficos, mas nessa obra há o relato detalhado de que isso é ilusão. Todas as famílias têm seus percalços. Indira teve dois filhos, um deles foi Rajiv, grande político, mas também teve Sanjay, que era uma pessoa inconsequente e preocupada apenas em ter poder a qualquer custo. Este se casa com uma mulher ambiciosa que dá asas a esse traço problemático de sua personalidade, o que traz grandes problemas familiares e políticos.

A narrativa do livro nos dá esperança de lealdade e devoção pelo país. Sonia abre mão de suas convicções (odiava política), e em benefício de uma nação, assume o papel que o povo precisa.

A dedicação, a coragem e a honestidade da família em prol de um país é apaixonante e nos faz sonhar com um futuro melhor e com governantes que realmente estejam engajados na causa do povo. Sonho? Utopia? Não sei. Mas eu sou uma sonhadora e apaixonada... Prefiro acreditar que existem pessoas que, um dia, farão acontecer em nosso país e no mundo todo.

Adoro sagas com pano de fundo uma história real, e esse livro nos transporta para a Índia de forma incrível, nos fazendo compreender o dia-a-dia, os costumes, tradições e a política daquele país.

O livro vai muito além de um simples romance, ele relata a história política da Índia, sua cultura, os oitocentos idiomas, crenças, tradições, enfim, é uma aula sobre esse país asiático que é a maior democracia do mundo.

Recomendo a leitura! O livro é fascinante!

Boa leitura! 

segunda-feira, 30 de março de 2015

Dica de Leitura: “O Beijo na Parede”, Jeferson Tenório. Editora Sulina.

Há algum tempo vi esse livro no site da Editora Sulina e fiquei muito curiosa. Ao ler fui arrebatada. A linguagem simples me cativou, parece que o autor está conversando conosco e a história prende do início ao fim. Nem preciso dizer que li em apenas uma noite, pois não dá pra dormir sem saber o final! Essa bela edição da Editora Sulina é muito interessante e trata de temas doloridos de forma delicada e envolvente.


O livro trata da história de João, que com apenas 11 anos se vê órfão: perde a mãe por um câncer; se muda para Porto Alegre com seu pai, que logo se suicida – aqui já enfrentamos um tema super devastador. Assim o pequeno João e se vê obrigado a enfrentar a vida sozinho, a superar os abandonos mundanos e precisa amadurecer precocemente.


A história trágica do menino órfão que vem morar no Rio Grande do Sul toma rumos inesperados e a condução de sua vida surpreende. Diante de tantos abandonos materiais e emocionais, João consegue sobreviver e nas entrelinhas ainda podemos sentir a carga psicológica e filosófica da narrativa e a descrição de como o jovem teve de amadurecer de qualquer jeito e da melhor maneira possível.

 Não pense que o livro tem uma narrativa pesarosa e enfadonha. A história nos faz refletir sobre muitos aspectos da vida, os abandonos que todos nós de uma forma ou outra também sofremos, as violências que muitos estão expostos, a fome, a incerteza do amanhã, a fé, a sexualidade. Nesse contexto ele ainda consegue falar sobre educação e assim insere os livros na trama e em sua vida.

O Beijo na Parede” é o primeiro livro Jeferson Tenório e ele conseguiu cativar o leitor pela sua narrativa fascinante e envolvente. Gostei muito tanto do tema, como a forma que ele tratou as questões de forma delicada e ao mesmo tempo direta.

Esse romance foi premiado com o troféu "Livro do Ano" - 2014 - AGES (Associação Gaúcha de Escritores). Confira a fanpage da Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina

Recomendo a leitura!




terça-feira, 17 de março de 2015

Dica de leitura: “Testemunhos da Infâmia - Rumores do Arquivo”, organizado por Tania Mara Galli Fonseca, Carlos Antonio Cardoso Fillho e Mário Ferreira Resende. Editora Sulina.

Essa obra da Editora Sulina trata de temas filosóficos da vida à luz da psicologia e da psicanálise. O livro traz textos de profissionais da área que vivenciaram diversas situações junto a doentes mentais, prostitutas, usuários de drogas, e analisaram os sentimentos de forma clara e profunda. A obra nos faz refletir sobre a vergonha de situações existentes, mas que preferimos fechar os olhos, para que o sentimento triste não nos atinja – como se isso fosse possível.

Os textos dão voz àqueles que sempre foram “representados” por outros: prisioneiros, loucos, drogados, prostitutas, a partir dos cenários da infâmia que os rodeiam, como o dos presos da ditadura militar ou do território da prostituição.

O livro mostra situações críticas e busca significados para sentimentos vivenciados pelos indivíduos que não têm outra opção senão de submeter-se. Os testemunhos contidos na obra nos fazem olhar para vidas que não imaginamos e a infâmias que muitos estão submetidos por simples falta de opção, pois não diria que é falta de coragem mudar essas situações tão limítrofes, visto que a mudança teria de ser bastante radical e não dependeria apenas de vontade - é preciso estrutura para tanto.

Nesse livro nos deparamos com situações corriqueiras para esses indivíduos – mas nem por isso menos tristes, que foram testemunhadas por pessoas que trabalharam nas instituições ou que buscaram conhecer as reais situações diárias desses locais a fim de analisar e humanizar essa vivência.

Confira mais detalhes na fanpage da Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina

Boa leitura!




segunda-feira, 2 de março de 2015

Dica de leitura: “Tim” – Colleen McCullough

Há anos eu li outro livro dessa autora: “Pássaros Feridos” – inclusive já falei desta obra aqui: http://pimentapimenta.blogspot.com.br/2013/05/dica-de-leitura-passaros-feridos-de.html. Agora, li esse livro fabuloso: “Tim” – que venho recomendar a vocês por ser uma história única e inesquecível.


A história se passa na Austrália e traz Mary, uma solteirona bem sucedida, mas pessoa simples e solitária; e Tim, um rapaz jovem, com problemas de aprendizado, ingênuo e puro, como protagonistas dessa bela história que tocará seu coração.

Ao conhecer o jovem Tim, com todas suas limitações, a vida de ambos muda. Não espere um relato de uma história de amor quente e enlouquecedora, mas sim um relato de amor sereno que começa tranquilamente, com doação, dedicação e abnegação surpreendentes. É um sentimento novo para Mary, um tipo de amor que ela nunca imaginou sentir. É emocionante a forma e a delicadeza que a autora relata essa relação e esses sentimentos tão nobres.

A história é belíssima e nos toca mostrando que os verdadeiros sentimentos são singelos, que a vida é simples e que para sermos felizes bastam pequenos gestos, desde que verdadeiros: dedicação, afeto, companheirismo, doação, amor.

A obra dessa autora mais uma vez me surpreendeu e me arrebatou. Emocionei-me com a facilidade do acesso à felicidade pelos olhos do ingênuo e amável Tim, com a dedicação de Mary e com a sucessão de acontecimentos que nos tocam.

Adoro livros que deixam uma marca no meu coração – na verdade, sempre busco livros que me trazem mensagens edificantes. Esse livro é mais um desses que ficarão para sempre na minha memória. Super recomendo a leitura!

Aproveito para, com esse post, fazer uma pequena homenagem à escritora Colleen McCullough que nos deixou agora em 29 de janeiro de 2015. 

Quero agradecer pelas suas obras grandiosas que lhe fizeram imortal. Obrigada também pelas maravilhosas mensagens que nos deixou. Colleen sempre será lembrada pelo seu incrível legado pessoal, pelo seu talento de ter conseguido nos tocar com sentimentos tão profundos e que foram traduzidos de forma brilhante, simples e delicada. Parabéns e obrigada!

Boa leitura!