quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Segredo do sucesso

Qual o segredo do sucesso? Trabalho? Dedicação? Talento? Sorte? Destino? Atitude?

Acredito que o trabalho, dedicação, comprometimento e atitude são indispensáveis para o sucesso, mas a sorte está intimamente ligada ao êxito.

Talento. Uma palavra de origem latina que significa a inclinação natural de uma pessoa a realizar determinada atividade. Sorte, um quase-sinônimo de destino, exibindo como principal diferença a divisão entre "boa sorte" e "má sorte”.

A concepção de sorte é profundamente enraizada no imaginário popular, interferindo na conduta dos que nela acreditam, conforme a forma em questão. Em muitas culturas, imagina-se que a sorte possa ser obtida através de artifícios mágicos, como ferraduras de cavalo, trevos de quatro folhas, amuletos, etc., confundindo-se muitas vezes com questões relativas à influência de forças do além.

A sorte também pode ser associada ao grau de contatos, ser conhecido ou ainda, conseguir “aquele empurrãozinho”, concordam? A sorte é mais do que isso tudo de imaginário popular... é aquela facilidade que algumas pessoas têm de conseguir as coisas de forma mais fácil que as outras.

Penso que sorte sem talento não adianta de nada, mas também talento sem sorte não alcança  o objetivo. Pense: do que vale alguém ter talento para determinada atividade, se dedica e trabalha duro nela, mas as portas não se abrem, as pessoas não conhecem seu trabalho, ou ainda, sequer tem a oportunidade de mostrar esse talento?

Da mesma forma se a pessoa tem sorte, mas não possui nada de talento... pode até conseguir mostrar sua arte ou ofício, as portas se abrem para ela, mas não agrada e não alcança seus objetivos da forma como é esperado.

Você já pensou nisso? Por isso eu digo que todos precisam de sorte, de oportunidades, não basta talento. Acredito que o segredo do sucesso é ter, em doses equilibradas, talento e sorte. Equilíbrio... palavra chave!


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Retomada de um sonho

Há anos tenho o desejo de escrever. Fiz esse blog há bastante tempo com esse intuito e o projeto inicial era de publicar textos com meus sentimentos e reflexões.

Comentei essa vontade e a forma como eu colocaria em prática com várias pessoas. A maioria apoiou e incentivou calorosamente e então fui em frente construindo meus textos em um formato adequado ao blog. Até o dia que uma pessoa riu de mim e desprezou meu projeto. Incrível como muitas pessoas deram força e apenas uma pessoa desdenhou a minha iniciativa, mas esse único comportamento negativo norteou minhas ações: abandonei o sonho. Prefiro acreditar que a pessoa que me 'deu um banho de água fria' não fez por mal. Fez pra tentar me proteger ou ainda, por receios que nem posso imaginar - e nem quero.

Reuni todo o material que eu já havia produzido e coloquei no lixo. Talvez porque naquele momento era assim que me sentia: um lixo também. Uma louca em ter a pretensão de publicar minhas reflexões e observações. Afinal de contas: quem eu achei que era? 

O blog seguiu com outra proposta e me alegrou muito, apesar de não atingir  o foco do que eu realmente desejava. Como vocês que acompanham o blog sabem, falo de livros e outros assuntos comportamentais que não, necessariamente, sejam textos contendo meus íntimos sentimentos. 

O tempo passou e o sonho que estava adormecido, acordou. À noite meus pensamentos fervem e os textos simplesmente vêem com uma clareza assustadora em minha mente que chega ser inacreditável. 

Sentimentos, frases, ideias, até a forma, a estrutura e a pontuação praticamente se materializam diante de mim. Entendi esses lampejos de criatividade como um chamado e talvez por isso deixei o antigo sonho acordar.

Claro que para esse processo todo de recomeçar tive muitos incentivos. Um texto aqui, outro ali, uma cutucada aqui, outra ali... mas, absurdamente, toda vez que me pego escrevendo novamente, as lembranças daquelas palavras duras voltam e fazem eco em meu ser: "ah, que boba, Lisiê!". Sim. Quatro palavras que me cortaram completamente e que até hoje rebombam na minh'alma. 

Por que atitudes negativas têm tanto poder? Por que deixamos que ações negativas tolham nossos sonhos? Medo, talvez, de sermos escrachados ou ridicularizados? Na verdade acredito que por medo do julgamento das pessoas que nos são caras. Medo excessivo e infundado de agradar? Pode ser. Insegurança? Ok, acho que foi um misto de tudo isso.

De uns meses pra cá venho tentando esquecer aquelas palavras e todas e quaisquer atitudes negativas que vivenciamos todos os dias. Tenho tentado ser mais positiva, inclusive, acreditar mais no meu potencial e, sobretudo, dar voz aos meus desejos. Talvez por isso tenho sido mais ousada. Tento experimentar mais e encarar o novo.

Talvez eu seja boba mesmo. Boba de compartilhar isso com vocês, boba de partilhar minhas reflexões com vocês. Não sei, mas boba mesmo fui por ter esperado tanto tempo para tentar. Por ter deixado que uma frase guiasse meus passos. Por ter abandonado um sonho de forma tão rápida e por algo tão pequeno.

O que sei mesmo é que estou produzindo meus textos, minhas observações. Já tenho bastante material pronto. Apenas não sei se eu estou pronta! Aos poucos espero estar e também espero ter coragem de compartilhar isso tudo... e de certa forma, me expor.

Se há algo que eu possa dizer hoje que gostaria que ficasse marcado em quem está lendo, é: não deixe que uma negação de alguém te paralise. Obedeça suas vontades e seja feliz. Ninguém melhor do que nós mesmos para saber o que nos faz feliz. Não existe certo ou errado. Existe o que nos faz bem... e se nos faz bem, fará bem aos outros.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Três livros, três autoras... mas a mesma problemática.

Acabo de ler três livros de diferentes estilos e diferentes autoras que sequer moram no mesmo continente, mas as obras me fizeram refletir sobre o mesmo tema e aspectos que há muito tempo me fazem pensar. A obrigação ou, melhor dizendo, a cobrança com a maternidade que muitas vezes deixa de ser escolha e passa a ser um dever.
Aproveito para indicar a leitura dos três livros, pois são maravilhosos, muito bem escritos e nos fazem refletir sobre esse tema importante.
No primeiro livro “A garota no trem”, de Paula Hawkins (tem o filme também), o centro da história nem é o assunto que me fez refletir, mas se você ler a obra verá que tudo girou ou foi causado por essa cobrança da maternidade que está arraigada em nossos seres. O livro conta a história de três mulheres que se entrelaçam e revelam matizes de sentimentos profundos.
Rachel, que desejava muito ser mãe, não pode e isso foi o estopim para uma crise conjugal irreversível. Megan, que teve uma gravidez indesejada e o bebê morreu num acidente terrível, tem horror à ideia de ser mãe novamente – o que causou muitos problemas em seu relacionamento. Anna teve sua filha por vontade própria e decisão do casal... mas se prestarmos atenção aos relatos nas entrelinhas, perceberemos que Anna engravidou para garantir e segurar o casamento.


O outro livro é “O amor em primeiro lugar”, de Emily Giffin, que conta a história de duas irmãs. Meredith, casada e com uma filha, tem grandes dúvidas a respeito de seu casamento e descreve as agruras da maternidade e todos os questionamentos inerentes. Como se ela se culpasse por ver essa realidade e sentir essas dúvidas, ela se corrige logo após os relatos, sempre dizendo que ‘ama a filha acima de tudo’ e blá blá blá. Não duvido disso, e acho justo ela falar o que realmente sente, pois essa coisa de idolatrar a maternidade, e só mostrar a parte boa, não está com nada e cada vez mais soa falso e ilusório, pois tudo tem o lado bom e o lado ruim.
A outra irmã, Josie, ao contrário: solteira e sem filhos, sonha com a maternidade - como se isso fosse salvar sua existência. O tema central do livro nem é a maternidade em si, mas essa discussão é um ponto alto da trama muito bem escrita por essa autora que eu, particularmente, adoro e que eu já li todos seus livros publicados.

O terceiro livro, "O Perfume da Folha de Chá', de Dinah Jefferies - livro maravilhoso que já mencionei aqui http://pimentapimenta.blogspot.com.br/2017/03/dica-de-leitura-o-perfume-da-folha-de.html também não tem como tema central a maternidade, mas traz esse acontecimento como ápice da trama e nos faz sofrer pelas escolhas da protagonista que desejou ter filhos, mas no momento do nascimento se depara com uma escolha inacreditável e dolorosa. 
Como pode a decisão de ser mãe - que deveria ser uma escolha feliz - trazer tantas dúvidas e problemas? Não que eu tenha todas as respostas, mas fica fácil ver a explicação. Porque simplesmente as mulheres se veem sem possibilidade de escolha, renegadas a segundo plano e suas vontades não são respeitadas na maioria das vezes, sendo que a maternidade é simplesmente vista como uma consequência natural e exigível para a mulher que chegou aos 30 anos ou uma obrigação para a mulher que se casou.
Estamos em pleno século XXI! Temos e podemos dar voz aos nossos desejos. O que importa é escolhermos e vivermos da forma que queremos sem se importar com o que os outros vão dizer ou se a sociedade irá nos julgar. Ninguém nasceu para satisfazer a sociedade ou cumprir alguma regra imposta e sim para ser feliz, do jeito que mais nos aprouver! 

Felicidade é tudo na vida. Somente cada um de nós saber o que é melhor e nos fará feliz. Liberdade nas nossas escolhas é o primeiro passo para a plenitude e a paz de espírito e, consequentemente, para a felicidade!

quinta-feira, 2 de março de 2017

Dica de leitura: “O Perfume da Folha de Chá”, de Dinah Jefferies.

O meu estilo de leitura favorita é romance histórico, sagas familiares com fundo de história real. Essas obras me fascinam, então quando vi nas redes sociais esse livro com a descrição “Um homem atormentado por seu passado. Uma mulher diante da escolha mais terrível de sua vida. "O perfume da folha de chá", de Dinah Jefferies, é um drama familiar complexo e envolvente, que retrata a força do amor materno diante das mais devastadoras circunstâncias”, eu soube que seria completamente arrebatada por essa obra.

Assim que o meu livro chegou já comecei aquela inspeção corriqueira para quem é amante de livros: análise da capa, contracapa, orelha... que obra linda!! Adoro capas com o título em relevo, e esse tem algo que nunca tinha visto: o relevo não é liso e brilhoso, é opaco e áspero. Muito diferente e eu adorei! Parabéns pela linda edição!

Sempre tenho alguns livros ‘na fila’ como costumo dizer, mas essa obra passou na frente das outras, pois eu não aguentaria esperar para conhecer essa autora e essa história que pela sinopse tanto prometia. Passeio-o na frente de outros nove livros e comecei a leitura. Em pouco tempo já estava completamente absorvida, quando me dei por conta já estava na página 90. O livro é apaixonante! Um romance cheio de emoções e conflitos psicológicos nos fazendo viajar para o Ceilão e viver essa história junto aos personagens.

A forma de escrever de Dinah Jefferies é envolvente e cativante, sem rodeios e com descrição bem gostosa – sem ser cansativa e dando margem para nossa imaginação. A fazenda de chá onde a trama se desenrola se formou na minha imaginação de uma forma lúdica e cheirosa! Sim, ficava imaginando como aquela fazenda deveria ter um aroma gostoso de chás e senti falta de um capítulo em que a protagonista passeasse pela plantação de chá fazendo suas observações e descrevendo o cenário da colheita, dos cheiros e sensações.

A trama em si é rica e envolvente, trazendo fatos históricos como pano de fundo, como a guerra mundial e a queda da bolsa de 1929. Nesse cenário histórico de luta, os sentimentos retratados nos fazem refletir sobre as consequencias das escolhas, amores, sociedade, comportamentos, etnias e racismo. Também gostei muito da forma sutil que a autora mostra como uma pessoa atormentada, com medo ou ferida age se fechando para o mundo, adoecendo e causando tristezas e angústias a todos a sua volta. Uma ótima reflexão para compreensão.

Além disso, os medos, paixões, dúvidas, inseguranças, fatos e tormentos do passado, histórias familiares ocultadas que marcaram e direcionam as vidas são muito bem relatadas e descritas no livro criando um ar de suspense e incerteza sobre o desenrolar da trama, nos fazendo viver dentro da história. Até o final dessa bela obra ficamos esperando ansiosamente pelo deslinde de tantos fatos, que ao final vemos que estão interligados sendo que cada acontecimento é consequência do outro e que o amor é sempre o maior sentimento do mundo - quando está presente, nada está perdido e tudo ficará bem.

É impossível não se sentir parte da história e se regozijar com a redenção dos personagens, bem como com as curas emocionais dos tormentos e medos. É uma obra que nos faz refletir sobre a vida como um todo, é um passeio pelas emoções.

O livro é tão bom que eu fiquei querendo mais. Coloquei-me a pensar que o livro poderia aprofundar algumas histórias paralelas causando ainda mais emoção e imersão na história - como a história do bisavô de Laurence (que apenas é mencionada) e a história de Verity (irmã de Laurence) – que inclusive ficou um pouco evasiva e sem esclarecimentos que acho que enriqueceriam a trama.

Senti um pouco de falta daquele aprofundamento no passado x presente e as consequencias até os dias atuais. Ok, sei que esse é o estilo de Lucinda Riley (que eu super-recomendo, pois amo suas obras) mas... acredito que seria uma viagem mais completa. Adorei a escritora Dinah Jefferies e ela ganhou um lugar dentre as minhas favoritas.

Recomendo esse livro fascinante! Prepare-se para começar e não mais querer parar... é envolvente e apaixonante!

Boa leitura!!