Esta
semana completo 35 anos! Não sou de fazer festas e grandes comemorações. A
celebração pra mim é interna. Gosto desse ritual de amadurecimento e de
agradecimento por mais um ano vivido – bem vivido! Agradeço a Deus por todas as
bênçãos que me foram concedidas, aos meus familiares pelas vivências
experimentadas, aos amigos e amigas pelo carinho e companheirismo...
Penso que
os aniversários, mais do que ganhar presentes, é uma data para agradecer por tudo
que vivemos e tudo que aprendemos. Por isso, hoje tenho muito a agradecer! Obrigada
a todos vocês que fazem meus dias mais coloridos!
A crônica da
Martha Medeiros que segue abaixo é perfeita... concordo que aos 35 anos não
temos mais a mesma energia dos 17 anos, temos alguns fios brancos... mas também
temos serenidade e conhecimento... temos capacidade de assumir nossas
escolhas... E, cá pra nós... acho que muitas de nós estão muito melhores (também
fisicamente) do que aos 17 anos!
Bah, vale muito a pena!! Estou muito feliz com minhas
35 primaveras! Encaro as coisas da melhor forma possível e pequenas coisas me
fazem feliz, muito feliz! Tenho minha vida repleta de amor, vivo rodeada de uma família e amigos maravilhosos, me sinto bem, me
sinto saudável, me sinto alegre, me sinto bonita e tenho energia de sobra! O
que eu posso quer mais?
Vivo cada dia com intensidade, curto cada momento ao
extremo... E não só quando eu morrer lembrem de quem eu sou, da minha
dedicação, da minha amizade, das minhas atitudes, do meu comprometimento...
Lembrem que eu sou e fui feliz, que tentei fazer os que me cercam felizes, e não do que
eu comprei ou vesti. Ser feliz pra mim é viver bem, é SER e não TER!
35 anos para ser feliz
Martha Medeiros
Martha Medeiros
Uma notinha instigante na Zero Hora de
30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade,
e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos
35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de
circo? Não sei. Mas gostei do resultado.
A maioria das pessoas, quando são
questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem
apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos
17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia,
solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um
campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.
Adolescente é buzinado dia e noite: tem
que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às
drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não
quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana
para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se
diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse.
Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.
Está certo que surgem umas ruguinhas, umas
mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se
ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come
e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de
quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo,
enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila
por uma Samsonite e não precisa
da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha
se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no
espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.
Depois que cumprimos as missões impostas
no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a
escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo
carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude
faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim,
permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes
daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não
existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.
Outubro de
1998
Martha Medeiros (1961) é gaúcha de Porto Alegre, onde
reside desde que nasceu. Texto extraído do livro "Trem-bala",
L&PM Editores - Porto Alegre, 2002, pág.147.
Oi Lisie, fazer aniversário sempre é um ótimo momento de lembrar que estamos vivendo num mundo repleto de alegrias e realizações, eu também logo chego nos 35 hehehe. Bjo. Barbara Juriati
ResponderExcluirVerdade, temos que agradecer todos os dias pelas bênçãos recebidas. Obrigada pelo teu carinho e tua amizade!! Bjos e obrigada por comentar no blog!
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