terça-feira, 12 de junho de 2018

"Provence", de Bridget Asher: uma história de amor e de recomeços


Quando eu li a sinopse desse livro já fiquei interessada e ao ver a capa então, fiquei apaixonada! Lindo demais! Ao ler a obra... fiquei fascinada e comecei a ‘economizar’ o livro pra viver mais tempo naquele clima delicioso!

A vida de Heidi se resumia em manter viva a memória de seu marido Henry, bom pai e marido exemplar. Tudo que ela fazia era para preservar a sua memória e de certa forma me parecia que ela tentava incluí-lo em todas suas atividades, como se ele ainda estivesse vivo.

O livro é apaixonante e traz passagens que são dignas de parar a leitura pra respirar e curtir o momento:

“Não era um casamento. Era amor. Algumas pessoas conseguem um ou outro. Já outras conseguem os dois ao mesmo tempo.”

Manter a vida normal e igual ao período que Henry estava vivo estava cada vez mais impossível e era necessário enfrentar a vida real e ajudar seu filho com a mania de limpeza que se manifestou. Ao aceitar que algo muito importante mudou em suas vidas e que era preciso seguir com a vida, Heidi conseguiu não só se ajudar, mas ajudar ao seu filho e a sobrinha Charlotte, que sempre fora problemática.

Porém para que Heidi pudesse enxergar que a vida continuavae que poderia ser bela, apesar da ausência de Henry, foi preciso dar chance ao inesperado – o que só aconteceu quando aceitou viajar para a casa da família em Provence, na França. Nessa casa muitas histórias de amor se revelaram e surpreendentes coincidências foram se abrindo.

Essa viagem, que de início pareceu ser um problema pra Heidi, visto que ela teria grandes obras a fazer, se revelou numa agradável evolução pessoal. Essa obra é uma história de recomeço, amor e esperança diante da perda, em que uma pequena casa na zona rural do sul da França parece ser a responsável por curar corações partidos há anos.

O enredo nos faz refletir sobre as perdas, mudanças e medos em nossas vidas. Sabemos que as mudanças são as únicas certezas em nossas vidas, mas como aceitá-las? Como agir frente a uma perda, ainda mais quando muda completamente nossas vidas? Sabemos que é importante reagir e enfrentar, mas na hora, ficamos paralisados. Talvez pelo medo do desconhecido ou até mesmo pela insegurança do que virá.

Não que eu reaja bem e aceite facilmente as mudanças – bem pelo contrário. Detesto mudanças e sofro com isso. Até mesmo um jantar desmarcado já me tirou do sério, mas tento aprender dia após dia.

Todas as leituras edificantes que tenho feito ao longo de minha vida têm me feito refletir muito sobre isso. Nada é para sempre e a vida é em ciclos. Um ciclo não é melhor nem pior que o outro, é apenas diferente. Não podemos deixar os medos nos paralisarem, eles devem ser alertas para termos cuidado e agir com coragem e determinação.

Precisamos estar abertos e dispostos a nos adaptar. A vida é bela em todas suas fases, com todas suas nuances. Além disso, o que parece ruim a um primeiro olhar, pode ser, e na maioria das vezes é, uma grande chance de recomeço que se revela uma fase melhor ainda do que a de antes!

Livro maravilhoso que eu recomendo!


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