segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Retomada de um sonho

Há anos tenho o desejo de escrever. Fiz esse blog há bastante tempo com esse intuito e o projeto inicial era de publicar textos com meus sentimentos e reflexões.

Comentei essa vontade e a forma como eu colocaria em prática com várias pessoas. A maioria apoiou e incentivou calorosamente e então fui em frente construindo meus textos em um formato adequado ao blog. Até o dia que uma pessoa riu de mim e desprezou meu projeto. Incrível como muitas pessoas deram força e apenas uma pessoa desdenhou a minha iniciativa, mas esse único comportamento negativo norteou minhas ações: abandonei o sonho. Prefiro acreditar que a pessoa que me 'deu um banho de água fria' não fez por mal. Fez pra tentar me proteger ou ainda, por receios que nem posso imaginar - e nem quero.

Reuni todo o material que eu já havia produzido e coloquei no lixo. Talvez porque naquele momento era assim que me sentia: um lixo também. Uma louca em ter a pretensão de publicar minhas reflexões e observações. Afinal de contas: quem eu achei que era? 

O blog seguiu com outra proposta e me alegrou muito, apesar de não atingir  o foco do que eu realmente desejava. Como vocês que acompanham o blog sabem, falo de livros e outros assuntos comportamentais que não, necessariamente, sejam textos contendo meus íntimos sentimentos. 

O tempo passou e o sonho que estava adormecido, acordou. À noite meus pensamentos fervem e os textos simplesmente vêem com uma clareza assustadora em minha mente que chega ser inacreditável. 

Sentimentos, frases, ideias, até a forma, a estrutura e a pontuação praticamente se materializam diante de mim. Entendi esses lampejos de criatividade como um chamado e talvez por isso deixei o antigo sonho acordar.

Claro que para esse processo todo de recomeçar tive muitos incentivos. Um texto aqui, outro ali, uma cutucada aqui, outra ali... mas, absurdamente, toda vez que me pego escrevendo novamente, as lembranças daquelas palavras duras voltam e fazem eco em meu ser: "ah, que boba, Lisiê!". Sim. Quatro palavras que me cortaram completamente e que até hoje rebombam na minh'alma. 

Por que atitudes negativas têm tanto poder? Por que deixamos que ações negativas tolham nossos sonhos? Medo, talvez, de sermos escrachados ou ridicularizados? Na verdade acredito que por medo do julgamento das pessoas que nos são caras. Medo excessivo e infundado de agradar? Pode ser. Insegurança? Ok, acho que foi um misto de tudo isso.

De uns meses pra cá venho tentando esquecer aquelas palavras e todas e quaisquer atitudes negativas que vivenciamos todos os dias. Tenho tentado ser mais positiva, inclusive, acreditar mais no meu potencial e, sobretudo, dar voz aos meus desejos. Talvez por isso tenho sido mais ousada. Tento experimentar mais e encarar o novo.

Talvez eu seja boba mesmo. Boba de compartilhar isso com vocês, boba de partilhar minhas reflexões com vocês. Não sei, mas boba mesmo fui por ter esperado tanto tempo para tentar. Por ter deixado que uma frase guiasse meus passos. Por ter abandonado um sonho de forma tão rápida e por algo tão pequeno.

O que sei mesmo é que estou produzindo meus textos, minhas observações. Já tenho bastante material pronto. Apenas não sei se eu estou pronta! Aos poucos espero estar e também espero ter coragem de compartilhar isso tudo... e de certa forma, me expor.

Se há algo que eu possa dizer hoje que gostaria que ficasse marcado em quem está lendo, é: não deixe que uma negação de alguém te paralise. Obedeça suas vontades e seja feliz. Ninguém melhor do que nós mesmos para saber o que nos faz feliz. Não existe certo ou errado. Existe o que nos faz bem... e se nos faz bem, fará bem aos outros.

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