Recebi essa bela coletânea de textos que nos leva à compreensão de muitos aspectos
emocionais à luz da psicanálise e quero compartilhar com vocês!
O livro nos faz refletir quanto às idéias filosóficas e confronta os pensamentos de Nietzsche e Freud nos fazendo pensar sobre temas diversos, mas inerentes à alma humana.
O livro nos faz refletir quanto às idéias filosóficas e confronta os pensamentos de Nietzsche e Freud nos fazendo pensar sobre temas diversos, mas inerentes à alma humana.
Como
é um livro que trata que questões psicológicas e filosóficas, os ensinamentos poderão
ser interpretados de formas diversas por cada leitor. Passo a falar do que me
tocou e do que percebi com a leitura da obra - lembrando que cada um sente e
entende de acordo com sua vivência, carga de emoções e conhecimento.
Na
leitura dos textos, percebemos que as respostas aos mais diferentes
questionamentos estão acessíveis em nossa alma, bastando buscar e projetar os
caminhos e métodos de pensar da psicanálise e da filosofia.
Eu não sou o que se diria uma 'entendida' da área, então pra mim foi muito enriquecedor e passo a comentar alguns pontos
interessantes que você poderá aprofundar, concordar ou discordar, como a afirmação
de que a doença, o sofrimento e o ressentimento não têm apenas o lado ruim.
A dor pode ser a alavanca para novos
rumos e para o renascimento, sendo indispensável permitir-se viver tanto as alegrias
como as tristezas e frustrações. Assim aprendemos a lidar com os problemas e as
culpas associadas e que nem sempre são reais, podendo então nos libertar.
Inclusive a obra traz a construção dos
mandamentos da psicanálise trágica, explicando os mandamentos, como “Acolher a dor e o sofrimento como partes
integrantes da vida, tanto quanto o prazer e a alegria”. Parece impossível,
mas somente quando acolhemos e aceitamos o que estamos sentindo, podemos lidar
com as conseqüências desse sentimento e até mesmo mudá-lo. Só podemos tratar
aquilo que conhecemos, não podemos, portanto, nos furtarmos da dor e do
sofrimento, nem mesmo podemos ou devemos disfarçá-los. Tudo que se vive
intensamente é que se pode trabalhar e mudar dentro de nós, sem piedade ou
complacência.
“Interpretar os movimentos de construção e destruição
como partes do mesmo devir criador” é o mandamento que nos ensina que a
vida é feita de movimentos de morte e renascimento contínuos e concomitantes
que nem sempre são trágicos como sempre imaginamos. Partes nossas morrem para
que outras possam nascer num claro movimento de progresso emocional e afetivo.
A obra fala ainda das atitudes humanas
atuais na busca de companhia eterna, porém irreal. O livro mostra uma visão
clara e ao mesmo tempo triste em que as pessoas buscam amor, casamento, filhos,
para se sentirem plenas e completas. Porém, essa busca nem sempre é verdadeira
e, na maioria das vezes, representa apenas o deslocamento afetivo, ou seja, as
pessoas cansadas das frustrações amorosas tentam enganar-se buscando algo
fantasioso ou irreal para não mais perderem afetos – num claro sentimento de
compensação das frustrações.
O livro coloca em foco a identificação do
que é real e no que é fantasioso a respeito dessas escolhas existenciais, no
medo das mudanças que justificamos como perdas, as quais nos paralisam, nos
instigando a conhecer os próprios desejos reais e não aqueles substitutivos ou
compensatórios.
A
leitura dessa obra nos faz direcionar o olhar para dentro de nós mesmos em
vários aspectos, nos permitindo digerir certas experiências emocionais vitais que
muitas vezes foram aterradoras, mas à luz da psicanálise percebemos que
representam apenas evolução e amadurecimento.
Além desses pontos que menciono, a obra
traz inúmeros outros pontos e ensinamentos incríveis que nos fazem refletir. Boa leitura!
Confira mais informações na fanpage da
Editora Sulina www.facebook.com/editorasulina
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